VETERANA

Silvia Pfeifer volta à Globo após dez anos

Em Dona de Mim, Rebeca será o terceiro vértice do triângulo amoroso entre Filipa (Claudia Abreu) e Abel (Tony Ramos).

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Atriz volta à Globo após dez anos como a advogada Rebeca, em Dona de Mim - na foto ao lado de Rosa (Suely Franco) e Abel (Tony Ramos)
Atriz como a advogada Rebeca, em Dona de Mim - na foto ao lado de Rosa (Suely Franco) e Abel (Tony Ramos). Foto: Manoella Mello/Globo

Por Ana Cora Lima

Depois de assistir aos primeiros capítulos de “Dona de Mim”, atual ocupante da faixa das 19h da Globo, Silvia Pfeifer comentou com uma amiga o quanto gostou da trama. “Taí uma novela em que eu gostaria de trabalhar”, disse, meio que jogando para o universo.

Uma semana depois, para sua surpresa, foi chamada para interpretar a advogada Rebeca, que será o terceiro vértice do triângulo amoroso entre Filipa (Claudia Abreu) e Abel (Tony Ramos). “Adoro ser surpreendida pela vida“, conta a atriz à reportagem.

Silvia estava havia dez anos sem participar de produções da Globo -seu último trabalho na TV havia sido em “Reis”, da Record. Feliz com o retorno, ela já começou a gravar suas cenas, mas diz que ainda não sabe se ficará até o final da obra criada por Rosane Svartman.

“Eu torço [para ficar]. Contracenar com Tony Ramos, Claudia Abreu e Suely Franco diretamente tem sido um privilégio”, comenta. “O clima da novela é ótimo e chego para gravar sempre com a expectativa alta, com um friozinho no peito de empolgação. É bom sentir isso, né?”

Início da Carreira e Desafios

Neste ano, a veterana comemora 35 anos de carreira. Sua estreia foi na minissérie “Boca do Lixo” (1990). Na época, ela lidou com muitas críticas pela inexperiência, já que havia acabado de trocar as passarelas pela TV. “Mas elas não me abalaram. Quando comecei a trabalhar em novelas e séries, percebi que meu ofício era ser atriz e segui em frente”, afirma.

E olha que a carreira de modelo foi um sucesso. Silvia morou e trabalhou em Milão e Paris, desfilando para grifes badaladas como Armani, Dior e Chanel. “A minha mãe conta que eu dizia que queria conhecer o mundo e ser também famosa (risos). Mas nunca falei que queria ser atriz ou modelo. Fui abraçando as oportunidades”, explica.

Uma coisa que ficou dessa época é a postura elegante, que lhe garantiu várias personagens ricas. Na lista estão a Isadora Venturini de “Meu Bem, Meu Mal” (1990), a Leda Vallenari de “Perigosas Peruas” (1992), a Letícia Velásquez de “Tropicaliente” (1994) e a Léia Mezenga de “O Rei do Gado” (1996), entre outras.

Papéis e Personagens Marcantes

Silvia admite ter feito poucas personagens de origem humilde, mas diz que não foi uma opção dela. Ela cita a Mariinha, de “Topíssima” (2019), que era cozinheira e morava na comunidade do Vidigal, no Rio. “Foi uma experiência mais recente e incrível”, avalia.

“Queria poder fazer mais papéis assim, claro, para poder desconstruir essa imagem de ‘chique’ que me deram (risos) e que eu abracei”, afirma. “Não vejo problema [em ser vista assim]. Pelo contrário. Acredito que faço com naturalidade e sem afetação, e aí acabo me saindo bem. Mas posso e sei fazer mulheres mais simples.”

Vida Pessoal e Futuro

Aos 67 anos, a atriz diz estar solteira há cinco anos –ela se separou do empresário Nelson Chamma Júnior após 38 anos de casamento e 5 anos de namoro. “Tenho curtido sair com os amigos, ficar em casa para recebê-los, sair para ver uma peça ou não fazer absolutamente nada”, conta. “Precisava desse tempo comigo.”

No momento, ela diz que está louca mesmo é para ser avó. “Não vejo a hora, mas os meus filhos, Emanuella e Nicholas, não estão tão animados assim”, brinca. “Me resta ficar na torcida.”