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Seu Jorge fala sobre racismo no "Fantástico"

foto: reprodução/ tv globo
foto: reprodução/ tv globo

Os episódios de racismo que movimentaram o país nesta semana estão entre os destaques do “Fantástico” deste domingo. Vítima de ataques racistas durante um show em Porto Alegre, Seu Jorge recebe a jornalista Tábata Poline em sua casa, em São Paulo. Também na capital paulista, o repórter Valmir Salaro entrevista o humorista Eddy Júnior, vítima de racismo no condomínio onde mora, na zona Oeste da cidade.

No papo com Tábata, Seu Jorge fala sobre como o racismo ainda está presente nos dias de hoje. “Não existe justificativa para o racismo. É exatamente disso que nós estamos tratando. Estamos tratando de violência”, desabafa.

“Estamos tratando de uma violência que não cabe mais no Brasil. A justificativa para o racismo não existe, assim como o racismo não deveria existir”, complementa o ator e músico. Ele garante também que a violência sofrida não o motiva a reagir de forma agressiva: “Se estavam esperando de mim alguma truculência, alguma reação, não, não vai acontecer. Eu tenho muita coisa para fazer na minha vida e tenho muitos sonhos para o meu país e para minha gente, sabe? Volto a reiterar, somos 54% da população do Brasil, que é negra e parda, eu tenho orgulho de sermos a maioria”, comentou ele.

APOIO

Os humoristas Paulo Vieira e Yuri Marçal e a apresentadora Astrid Fontenelle participaram na noite de quinta-feira, 20, de um protesto em frente ao prédio em que Eddy Junior mora.

O humorista divulgou em suas redes sociais vídeos que mostram a também moradora do local Elisabeth Morrone, 69, chamando-o de macaco. Ela também se negou a entrar no elevador ao lado dele.

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“Agora é assim”, gritaram os manifestantes. Eles levantaram cartazes contra o racismo e projetaram a frase “Agora vai ser assim” em uma das paredes do prédio. Moradores do condomínio piscaram as luzes dos apartamentos em apoio ao protesto.

“Ele foi só mais um caso de racismo. A gente sabe que o racismo é uma coisa que persiste no país e que acontecem milhares de casos todos os dias”, disse Paulo Vieira.

O humorista lembrou do cantor Seu Jorge, atacado no último final de semana durante um show em Porto Alegre. “Não adianta ganhar dinheiro, ter sucesso, ter fama. Se você é preto, o racismo sempre vai te atravessar”, disse. Yuri Marçal afirmou que sempre que ocorrer racismo haverá reações como a do protesto em frente ao prédio.

*com Comunicação Globo e Folhapress