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Pelé estrelou quadrinhos de Mauricio de Sousa

foto: divulgação/ MSP
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Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, que morreu nesta quinta (29), não viveu aventuras só nos campos – ele também teve uma existência brilhante nas páginas dos quadrinhos da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa.

Foi em 1976 que nasceu o personagem Pelezinho, um menino que representava o rei quando criança, calçando chuteirinhas e vestindo camisa e shorts. Suas primeiras aparições foram em tirinhas de jornais. Logo no ano seguinte, em 1977 (45 anos atrás), Pelezinho ganhou sua própria revistinha.

foto: MSP/ divulgação

A “Turma do Pelezinho” foi publicada até dezembro de 1986, e teve 66 números lançados -os inéditos foram apenas até 1982, mas nos quatro anos seguintes a Editora Abril, responsável pelas revistinhas, seguiu oferecendo republicações das melhores histórias.

PERSONAGENS
Nas páginas, entre os amigos do menino jogador de futebol estavam Cana Braba, que falava palavrões e tinha pouca paciência, o goleiro Frangão, a descendente de turcos Samira, que fazia quibes que ninguém gostava, e até Zagallo, uma homenagem ao famoso técnico.

Nesta quinta (29), ao saber da morte do rei, Mauricio de Sousa disse:

“Pelé, nosso Pelé! Toda vez que uma criança brincar com uma bola nos lembraremos dele. O amigo, o grande atleta, a personalidade brasileira que amamos está vivo em nossos corações”.

Na época do lançamento, ele e Pelé deram entrevistas juntos. Nelas, eles contaram que todos os integrantes da Turma do Pelezinho tinham sido inspirados em conhecidos do jogador na vida real.

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Eles também disseram que, quando surgiu a ideia de dar vida a Pelé nos quadrinhos, criou-se um impasse: Mauricio queria um personagem criança, enquanto o jogador desejava um personagem adulto. Os filhos do rei, Edson e Kelly, foram escolhidos para o desempate, e o resultado todo mundo já conhece.

AGRADECIMENTO
Em 2017, a rede de notícias esportivas ESPN entrevistou Mauricio e Pelé sobre os 40 anos do nascimento de Pelezinho. “Eu agradeço ao Mauricio por ter me convencido a fazer esse projeto do Pelezinho com ele. Porque isso fez com que eu tivesse um contato direto com as crianças e as novas gerações”, disse o jogador à época.

Texto: Marcella Franco, Folhapress