Paloma Bernardi é uma atriz que transita entre atuações na TV, cinema e teatro. Recentemente ela esteve na tela da Record vivendo Bate-Seba da série “Reis”. A personagem é uma mulher israelita de costumes e tradições bem diferentes da geração atual. Uma composição que exigiu preparação focada na história bíblica e nos costumes sociais de épocas.
Mesmo em tempos de pandemia, ela conseguiu atuar em filmes que estão no forno, como “Ninguém é de Ninguém” e “TPM! Meu Amor”. O primeiro é um romance que mistura suspense e sobrenatural. O segundo é uma comédia que exigiu um mês de confinamento em hotel para as gravações. Ansiosa pela chegada da nova temporada de “Reis”, a artista analisa as nuances de sua personagem, que ela define como “atemporal”. Confira em entrevista ao TDB:
Sobre os projetos no cinema que estavam em stand-by: o que já foi lançado e o que ainda está para ser lançado? Tem novos trabalhos?
No início do próximo ano estarei focada em retomar as gravações da nova temporada de “Reis”. Nos cinemas, tenho dois filmes que tem previsão de lançamento no primeiro semestre, “Ninguém é de Ninguém” e “TPM! Meu Amor”. Estou muito animada para voltar a ter esse contato com o público pelas telas e mal posso esperar para que eles conheçam melhor as minhas personagens Bate-Seba, Gioconda e a Monique. Será maravilhoso e espero que muitas outras mulheres possam se identificar com elas.
Você está em uma situação interessante, de poder lançar trabalhos ainda em tempos de pandemia. Como avalia essa experiência e como atuar tem te ajudado a enfrentar esses últimos anos?
A pandemia nos privou de muitas coisas e penso que a essência do artista nunca
deixa ele. Foi um desafio trabalhar “sozinha” em casa, mas foi por um bem muito
maior e pela segurança de todos. Assim que nos sentimos confortáveis para iniciar e retomar as gravações, foi algo surreal e não percebi que estava com tantas saudades dessa vivência. A atuação é meu porto seguro, sem ela eu não consigo ser a minha verdadeira eu. A arte cura e sou inspirada por ela todos os dias e também amo tudo que me proporciona.
Estás em várias frentes: TV, teatro e cinema. Além disso, com tipos bem diferentes. Como funciona pra ti passar de uma personagem contemporânea para uma personagem bíblica?
Por estarmos em épocas bem diferentes entre uma e outra, a preparação é bem
desafiadora. Bate-Seba foge da nossa realidade por ser uma mulher israelita e ter
costumes diferenciados, no qual procurei saber mais sobre para conseguir uma maior conexão. Já as personagens que vivem em épocas atuais, mesmo cada uma delas sendo única, não diria que não é complicado de se adaptar mas que a preparação é mais razoável. Mesmo assim, adoro novos desafios e independente de época, meu trabalho está nas emoções e sentimentos dessas mulheres.
Como você avalia Bate-Seba a partir dos valores que você tem sobre liberdade feminina?
A Bate-Seba é uma mulher atemporal, que consegue demonstrar os problemas
femininos de uma forma em que todas podem se identificar. Mesmo que a série seja
retratada em tempos bem antigos, ela ainda sim possui uma mente brilhante e de
destaque naquela época, que busca viver o amor que deseja, sem seguir obrigações mesmo que tudo dê errado. Ela deseja a liberdade de ser quem é.
Fim de ano chegando: já está fazendo balanço? O que espera de 2023?
2023 já está bem perto e eu inauguro o ano totalmente imersa no universo da Bate-Seba, minha personagem na série “Reis”. Desejo ser feliz e após esses tempos pandêmicos e de muito autoconhecimento, saio de 2022 mais forte e em busca de felicidade em todas as áreas da minha vida.
Texto: Marta Cardoso, editora