"Achei que fosse enlouquecer"

Modelo paraense Carol Ribeiro revela diagnóstico de esclerose múltipla

Modelo e apresentadora tem 45 anos e confirmou o diagnóstico da doença durante um evento realizado em São Paulo (SP).

Modelo paraense Carol Ribeiro revela diagnóstico de esclerose múltipla

A modelo e apresentadora Carol Ribeiro, de 45 anos, abriu seu coração ao falar pela primeira vez sobre o diagnóstico de esclerose múltipla durante a segunda edição do evento Body & Mind, promovido pela Harper’s Bazaar, na segunda-feira (31), no AYA HUB, em São Paulo.

Em 2023, Carol começou a sentir algo estranho em seu corpo. A princípio, atribuiu os sintomas à menopausa, mas, após uma série de exames, descobriu que se tratava de esclerose múltipla. “Achei que iria enlouquecer. Cheguei a pensar: ‘Se isso é a menopausa, todas as mulheres vão enlouquecer’. Faltou pouco para eu procurar um psiquiatra”, confessou durante o talk.

O momento exato em que percebeu que algo estava errado foi em agosto daquele ano. Ao acordar, sentiu que não era mais ela mesma. Olhou para o marido, o empresário Paulo Ribeiro, com quem é casada há quase 30 anos, e disse: “Algo de esquisito está acontecendo comigo, preciso ir ao médico”. Meses de investigação se passaram até que os médicos descartaram alterações hormonais e confirmaram a doença.

Doença no Brasil

No Brasil, a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que cerca de 40 mil pessoas convivem com a condição, sendo 85% mulheres entre 18 e 30 anos. A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica e autoimune, na qual o sistema imunológico ataca células saudáveis do sistema nervoso central. Entre os sintomas mais comuns estão fadiga, problemas de visão, desequilíbrio, alterações emocionais e sensibilidade.

O Dr. Theo Webert, que também participou do evento, destacou a importância de uma avaliação individualizada.

“Muitos sintomas não são detectáveis em um único exame. É preciso entender quem é a pessoa, seus hábitos e o contexto das mudanças”, explicou.

Após o diagnóstico, Carol iniciou um tratamento que inclui terapia hormonal, com mais de 11 implantes, além de terapia psicológica e exercícios físicos.

“Não pareço, mas sou muito ansiosa. Sempre estou trabalhando e não escutava meu corpo. Agora, aprendi a me cuidar e entender minhas necessidades”, revelou.

Antes de descobrir a doença, a modelo mantinha um diário para registrar suas oscilações de humor.

“Tinha dias de choro, dias de sorrisos. Mas, depois do tratamento, é como se a doença não existisse mais. Por isso, é essencial olhar para dentro de si, nem que seja por alguns minutos no banho ou no almoço. Cada um tem seu jeito de se reconectar, mas isso é fundamental para se encontrar”, finalizou.