Agência O Dia
Marcos Palmeira está brilhando na pele do coronel José Inocêncio no remake de ‘Renascer’, da TV Globo. Impressionado com a recepção do público, o ator, que interpretou João Pedro, o filho rejeitado do protagonista na trama original, exibida em 1993, reflete sobre sua participação nas duas versões e fala sobre a diferença das produções.
“Na época (da versão original), a gente ficou muito em Ilhéus. Acho que 80% da novela era gravada lá. Dessa vez, não. A gente tem uma cidade cenográfica maravilhosa. Então, tem um jogo também dessa brincadeira da arte, de você poder criar uma roça de cacau onde não é uma roça de cacau. Isso eu acho legal também, brincar um pouco com essa linguagem”, diz.
Atualmente, Juan Paiva vive João Pedro, que foi interpretado por Marcos Palmeira na primeira versão. Já o galã encarna José Inocêncio, eternizado por Antonio Fagundes na história original. Anos depois de perder o grande amor de sua vida, Maria Santa (Duda Santos), ele se encanta e casa com Mariana (Theresa Fonseca), por quem João Pedro é apaixonado. “Toda hora eu estou gravando uma cena, olho pro Juan e falo: ‘Caramba, eu estava no lugar dele’. Isso é muito interessante poder viver isso. Estou muito feliz”, afirma.
Ao ser questionado sobre o que mudou em suas participações, Marcos brinca: “Eu acho que eu estou mais velho, né? Isso é um clássico (risos). Fico brincando que só Freud pode explicar. Fagundes tinha 43 (anos) quando fez a novela, eu tinha 30. O Juanzinho tem 20 e pouco, eu estou com 60. O Juan é um grande parceiro. Eu já tinha feito um trabalho com ele no cinema, o ‘Vendo Ou Alugo’, filme da minha irmã (Betse de Paula), a gente tem uma troca.”
Palmeira, que em 2022 participou do remake de “Pantanal”, pontua, também, outras diferenças entre os dois trabalhos. “Eu acho que essa novela é baseada em uma obra-prima do Benedito (Ruy Barbosa). Então, ela é um pouco mais aberta, sabe? A gente vai realmente em camadas mais profundas. A gente não ficou tão amarrado na história original, como foi contado, a repetição de personagens… Em Pantanal, a gente teve um pouco mais dessa brincadeira de referências. Essa não. Essa é uma nova leitura mesmo, são novas camadas mesmo, outro DNA. Até porque o Gustavo Fernandes, que é o diretor geral, ele tem um olhar muito próprio para a história que ele está contando. É impressionante a capacidade que ele tem de nos modificar no set com uma palavra, então isso também está muito legal, essa troca com os diretores”.