SOLANGE BEZERRA

Mãe de Deolane Bezerra também deixa a prisão em Pernambuco

Solange Bezerra, mãe da influenciadora Deolane Bezerra, foi libertada da Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, na manhã desta terça-feira (24).

Mãe de Deolane Bezerra também deixa a prisão em Pernambuco

A influenciadora e advogada Deolane Bezerra deixou a Colônia Penal de Buíque, no Agreste de Pernambuco, na tarde desta terça-feira (24), após decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça do estado, na noite desta segunda-feira (23). A mãe dela, Solange Bezerra, também já deixou a Colônia Penal Feminina do Recife por volta das 13h.

A decisão da Justiça se baseou em um habeas corpus que beneficiou 18 investigados por lavagem de dinheiro e jogos ilegais. Solange estava detida desde 4 de setembro. Deolane já havia sido solta anteriormente, e a irmã, Dayanne Bezerra, celebrou a liberação da mãe em uma chamada de vídeo.

Os réus que tiveram a prisão preventiva (sem prazo) derrubada não poderão mudar de endereço sem autorização judicial nem se ausentar do local onde residem sem prévia autorização da Justiça.

Também estão proibidos de frequentar qualquer empresa relacionada ao objeto da Operação Integration ou participar de decisões das empresas, bem como fazer publicidade para as plataformas de jogos.

A influenciadora Deolane é investigada por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões. Ela diz ser inocente.

A decisão não contempla o cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada na tarde desta segunda. Dois foragidos são contemplados: José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha.

O desembargador acatou argumentos da defesa de Darwin Filho de que o Ministério Público de Pernambuco tinha pedido a substituição das prisões por outras medidas cautelares. A manifestação da Promotoria foi feita na sexta-feira (20), mas a juíza Andrea Calado da Cruz havia rejeitado os argumentos. Agora, a segunda instância derrubou as prisões preventivas.

O magistrado citou que o artigo 312 do Código de Processo Penal “exige como requisito para decretação da prisão preventiva: a existência de prova do crime, indícios suficientes de autoria e perigo ocasionado pela liberdade dos imputados”, afirma o documento. “Destarte, se inexistem elementos para o oferecimento da denúncia, a prisão dos acusados deve ser imediatamente relaxada sob pena de configuração de constrangimento ilegal”, destacou Guilliod, na decisão.

Solange Bezerra foi detida durante a Operação Integration. Após 20 dias de prisão, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal de Recife, decidiu pela sua soltura.