Um laudo pericial apontou indícios de falsificação em documentos trabalhistas envolvendo o ex-apresentador do Jornal Nacional, Cid Moreira (1927-2024). A análise técnica, anexada a um processo movido por um ex-funcionário, questiona a autenticidade de registros como aviso prévio, carteira de trabalho e termo de rescisão, sugerindo que as assinaturas presentes não correspondem ao padrão gráfico do comunicador.
O laudo detalha que os registros apresentam quebras de ritmo, rigidez, tremores artificiais e pressão irregular, características que indicam possíveis falsificações. “As assinaturas apostas nos documentos Aviso Prévio, Carteira de Trabalho e Termo de Rescisão apresentam divergências significativas em relação ao padrão gráfico do(a) Reclamante, não sendo possível atribuir-lhe, com segurança técnica, a autoria delas”, afirmou o perito responsável pela análise, conforme informações do portal de notícias de Leo Dias.
O processo foi movido por um ex-funcionário de Cid Moreira, Manuel Francisco de Lima, que também anexou um áudio para sustentar suas alegações. Na gravação, Manuel afirma acreditar que o apresentador desconhecia sua demissão: “eu acho que ele nem sabia que eu já tinha sido mandado embora, sabia? Acho que ele até pensa que eu pedi para sair”. A defesa argumenta que a dispensa ocorreu enquanto o funcionário estava afastado pelo INSS, período em que a legislação trabalhista garante estabilidade no emprego.
Disputa Legal e Acusações
O caso também envolve Maria de Fátima Sampaio Moreira, viúva de Cid, acusada de autorizar a rescisão. Já o advogado de Maria de Fátima, Davi de Souza Saldaño, negou as acusações e classificou o laudo como infundado.
“Não é a primeira vez que os filhos fazem as mesmas acusações descabidas e sem fundamentação legal, e que elas foram todas rechaçadas pelo judiciário. Esse mesmo laudo apócrifo, que já foi apresentado há meses atrás, foi completamente ignorado pela justiça”, disse em nota.
Contestação do Áudio e Denúncia Caluniosa
E o advogado ainda acrescentou sobre o áudio anexado, afirmando que já havia sido questionado: “Quanto ao áudio produzido de forma ilegal e unilateral com o Sr. Manoel, há anos atrás, ressalta-se que ele foi desmentido em sede policial pelo próprio caseiro, sendo uma das causas que levaram o Ministério Público a denunciar os filhos de Cid pela prática de denunciação caluniosa, atualmente em curso na 1ª vara criminal da comarca de Petrópolis”.