O julgamento de Alec Baldwin, 66, pela morte de Halyna Hutchins no set de “Rust” foi interrompido nesta sexta-feira (12).
A pausa aconteceu após a defesa de Alec Baldwin entrar com uma moção contra o estado. A juíza Mary Marlowe Sommer enviou o júri para casa diante de novos fatos.
Na moção, a defesa do ator acusa o estado de ter escondido evidências do caso. Os advogados apontam que não estavam à par de um conjunto de balas, que chegou até as autoridades apenas em março deste ano.
Na quinta-feira (11), o assunto foi abordado no julgamento, quando a defesa de Badwin interrogou uma perita. Ela confirmou ter recebido as balas e as deixado fora do caso, seguindo ordens.
Na sexta-feira (12), as balas foram levadas para o julgamento e a defesa solicitou que elas fossem incluídas como evidências do processo. A juíza dispensou o júri para discutir a moção.
Alec Baldwin foi indiciado por homicídio culposo. O caso será analisado por um júri popular, que pode condená-lo a até um ano e meio de prisão.
Ele afirma que não apertou o gatilho. O ator diz que a pistola disparou após ele puxar o cão dispositivo na parte de trás da arma que precisa ser acionado antes do gatilho.
Não se sabe quem levou as balas reais à gravação. Em abril, um júri condenou a armeira Hannah Gutierrez aos 18 meses de prisão por homicídio culposo. Na acusação, a promotoria a responsabilizou pelo fato de a pistola estar carregada com balas reais, e não de festim.
A promotoria vai argumentar contra Alec Baldwin. Segundo a AP, a linha de argumentação deve ser de negligência no uso da arma e de que o ator teria agido com indiferença em relação à segurança dos outros. A acusação deve apresentar provas desse suposto comportamento.
Ele contratou um advogado experiente em casos de celebridades. Alex Spiro já defendeu nomes como Elon Musk e Megan Thee Stallion. Ainda de acordo com a AP, a defesa vai argumentar que verificar se há balas de verdade na arma não faz parte da função do ator.
O julgamento deve durar nove dias e se iniciou na terça-feira (9). Alec Baldwin estaá comparecendo ao tribunal no estado do Novo México, onde aconteceu o acidente.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)