Agência O Globo
Erika Januza brilhou no carnaval deste ano como Rainha de Bateria da campeã Viradouro, cargo que ocupa há três anos na escola de samba niteroiense. Uma dúvida, porém, surgiu no Sambódromo: se a atriz renovaria ou não com a agremiação. “É engraçado que já estavam me perguntando isso antes até do desfile oficial na Sapucaí”, conta Erika.
Por enquanto, a fase ainda é de celebração, e a atriz diz confiar totalmente nas decisões da Viradouro. Só não gosta quando, diz, “criam intriga para conseguir likes” envolvendo seu nome e o de Lore Improta, que este ano foi musa da Viradouro. Em entrevistas, a dançarina casada com o cantor Léo Santana disse sonhar com o posto de rainha – mas no futuro, quando e se Erika não quiser mais.
“Toda mulher que ama o carnaval sonha em ser rainha”, diz ela, que já foi musa do Salgueiro. “Eu não tenho rivalidade com ninguém. Lore é sempre ótima comigo”. Erika diz que participar de um desfile vencedor do carnaval foi um sonho. E ainda quer realizar outros, estes ligados à profissão.
“Quero chegar numa fase em que, quando pensarem numa ótima atriz, pensem em mim, independentemente da minha cor de pele. Também adoraria interpretar Xica da Silva num remake. Assim como adoraria viver Elza Soares em alguma produção. Admiro muito a história dela”, diz Erika, 28 anos, que estreou na TV como protagonista no seriado “Suburbia”, da TV Globo, em 2012.
DONA BEJA
Enquanto isso, a artista segue firme nas gravações de “Dona Beja”, novela da HBO, ainda sem data de estreia. Dias atrás, lendo o roteiro de uma das cenas, ela, que viverá Candinha, dona do bordel da cidade, caiu no choro. O texto falava de um tema caro a ela: a solidão da mulher negra. “É difícil você se tornar uma mulher que se ama quando uma sociedade é construída para você pensar o contrário. Eu me sinto linda, mas nem sempre foi assim”.
A atriz está confirmada na quarta e na quinta temporadas de “Arcanjo renegado”, do Globoplay, com gravações previstas para este ano. A trama, em que interpreta a policial Sara, foi criada por José Júnior, fundador da ONG Afroreggae e atual noivo de Erika. Mas ela jura não ter dado pitacos nos novos rumos da personagem – em termos.
“Fiz um pedido, mas antes de namorarmos”, conta Érica. “Porque sempre gostei de aprender habilidades para meus papéis. Não vou dar spoiler, mas o Júnior perguntou: ‘Consegue fazer isso?’. Eu aprendi e a gente inseriu”.