Entrevista: intérprete da Kate de "Vai na Fé" dá spoiler

A trama “Vai Na Fé” (Globo) caiu no gosto do público. E a atriz Clara Moneke, 23, dá sua contribuição para esse sucesso com as cenas da debochada Kate. A jovem é cria da Zona Oeste da capital carioca e filha de uma brasileira com um nigeriano. Na tela, a artista rende cenas hilárias no bairro de Piedade.

Ela, que na trama tem 18 anos, conta com a amiga Jennifer (Bella Campos) e a tia de coração, Sol (Sheron Menezzes). Também dá muita dor de cabeça para a mãe Bruna (Carla Cristina Cardoso), especialmente quando desfila com o aprendiz de bandido Hugo (MC Cabelinho). Bruna ainda não sabe, mas ela está enrolada com homem casado: o perigoso Theo (Emilio Dantas).

Sem disposição para ajudar a mãe na venda de quentinhas, ela volta da farra de manhã cedo e, ao longo do dia, está bancando a granfina na companhia de Theo, apelidado por ela de “gato sênior”. Este, por sua vez, a enxerga com a versão mais nova de Sol, sua obsessão amorosa. Boa coisa não deve sair desse relacionamento secreto.

OUTROS TRABALHOS
Além de colher o sucesso com a novela das sete, ela está na expectativa de conferir ainda este ano a estreia de “Nosso Sonho”. Clara está no elenco do filme que conta a história da dupla Claudinho & Buchecha, sucesso do funk no Brasil, nos anos 90. Outro longa-metragem com participação da atriz é “Eu Sou Maria”, dirigido por Clara Linhart e com roteiro de Sônia Rodrigues, que traz a jovem entre as principais personagens.

Outro trabalho inédito é “Amar É Para Os Fortes”, produção nacional da Amazon e assinada por Marcelo D2 e Antônia Pellegrino, que aguarda data para ser exibida, no ano que vem. Ela também pode ser vista no primeiro episódio da segunda temporada de “Arcanjo Renegado” (Globoplay), disponível desde agosto. A personagem de Clara, movimenta toda a sequência inicial e cinematográfica do thriller policial de José Jr.

Em entrevista para o TDB, Clara Moneke comemora o sucesso da personagem da trama de Rosane Svartman:

Como é a sensação de perceber que um personagem caiu nas graças do público?

É um sonho. Estou literalmente vivendo um momento mágico na minha vida. Por mais que nunca tenha almejado viver isso, televisão, audiovisual, ser famosa… Mas sempre quis que meu trabalho fosse reconhecido e acho que não há nada mais gratificante do que passar muito tempo estudando, construindo uma pessoa e essa pessoa ser querida, reconhecida, respeitada. Então, estou amando e sendo mágico, vivendo um sonho que nunca foi meu sonho, mas que se tornou.

Kate tem uma pegada cômica irresistível. Quais foram suas referências para criar o jeitinho da personagem?

Sou eu mesmo. Sou assim e isso é muito bom. Kate tem muito da Clara porque sou muito extrovertida também, minha família é muito boa, sempre da brincadeira, se zuar, meus amigos também. A gente se diverte bastante. Eu não me considero tanto, mas as pessoas falam e eu acredito que sou engraçada, então tentei trazer isso para a Kate. É impressionante como o personagem é vivo e tudo que a gente dá pra ele é como se fosse uma plantinha que germina e dali se transforma em Kate. Um pouco de Clara, o que vejo na rua, observo nas pessoas, um pouco do que me inspiro em diversas Kates que já conheci. Ela consegue virar aquela Kate real e única. Mas minha maior referência é a Clara Moneke mesmo, porque sou muito boba.

Ela tem rendido cenas cômicas bastante comentadas nas redes. Como é o clima bastidores e a troca com os colegas?

Clima de festa, ritmo de festa 24 horas, tenho meu jeito bobo de ser, esse jeito alegre que a galera do set também está na mesma vibe. Vivemos ali realmente na mesma vibe, um clima gostoso e uma troca verdadeira entre nós colegas. Fora do meu núcleo, direto vamos almoçar com o pessoal da mansão do Lui. Quando dá, almoçamos com o pessoal da faculdade também. É tudo junto e misturado, uma bagunça muito boa esse camarim de “Vai na Fé”. Apesar das nossas diferenças, ali dentro criou-se uma família, muito legal. Muitas pessoas ali eu levo para a vida.

Kate é a típica jovem que não dá ouvidos ao que a mãe fala, e apronta das suas. Seja advogada e defende sua personagem:

Gente, ela tem 18 anos. Quem nunca fez uma M com 18? Quem não se achava dono do mundo com 18 não viveu a adolescência direito. O bom é a gente errar para aprender. A minha defesa para a Kate é o tempo. Ela vai aprender, a novela vai mostrar isso, então eu defendo a Kate porque não tem experiência da vida, está errando para aprender. Ela acha que sabe. Deixa o tempo passar, deixa ela errar, porque se a gente não errar não temos a oportunidade de aprender. Se bem que ela podia não errar tanto. Mas ela vai ter uma reviravolta maior ainda. O tanto que ela já desceu, ela vai subir.

Apesar do lado cômico, já deu para perceber que haverá momentos dramáticos com a aproximação de Theo (Emílio Dantas). Estás ansiosa para esse momento?

Ansiosíssima para esse momento. Vou dar um spoiler para vocês que já gravamos todas as cenas dessa relação. Adianto que vai ter um fim não muito bom. Mas será o começo de outras coisas que vão desenrolar muita coisa ainda entre Theo, Clara [Regiane Alves], família de Theo, então estou muito ansiosa para que o público veja, adoro o caos. Estou louca para o pessoal amar e odiar a Kate, porque ela vai muito baixo com o Theo. Eles dois vão no fundo do poço. Muito ansiosa para ver o que o público vai pensar.

Com “Vai na fé”, tens a chance de passar novamente pelo mundo do funk, já que estás num filme sobre Claudinho & Buchecha. Como é tua relação com esse ritmo?

Adoro um pancadão, adoro um funk. Não frequento mais baile funk porque a violência policial é muito grande. Cada vez maior e a gente tem que reconhecer, mas gosto muito de todos os ritmos. Rap, samba, sou do que tiver animado eu tô dentro. “Nosso Sonho”, tive contato com um funk antigo que foi muito bom, uma pesquisa incrível de corpo, movimento para que pudéssemos mostrar as diferenças do funk antigo para o de agora. É muito bom que a maioria dos trabalhos que venho fazendo são muito musicais, porque sou apaixonada por música.

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