O falecimento do Papa Francisco nesta segunda-feira (21) causou comoção global e mobilizou veículos de imprensa ao redor do mundo. No Brasil, no entanto, um canal chamou atenção por sua postura discreta diante do acontecimento: a Record TV.
Apesar de não ter ignorado completamente a notícia, a emissora apresentou uma cobertura significativamente mais discreta em comparação com suas principais concorrentes. A informação sobre a morte do pontífice só foi veiculada pela Record às 6h da manhã, cerca de 50 minutos após a confirmação oficial.
Enquanto canais como a TV Globo e o SBT ajustaram suas programações para dar prioridade à cobertura do falecimento de Francisco, a Record optou por manter reportagens sobre temas variados como futebol, diabetes, condições do feriado com chuvas, e até o caso curioso de um pitbull que escalou o portão de uma residência.
Nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), a postura da emissora gerou críticas. “A Record tratou a morte do Papa como irrelevante na programação”, escreveu um internauta. Outro comentou: “Não se trata apenas de religião, mas da relevância histórica de um líder que impactou milhões de pessoas. A ausência de cobertura já é um sinal claro.”
Polêmica e posicionamento da emissora
Polêmica e posicionamento da emissora
Após as críticas, o posicionamento da Record TV também foi questionado. A emissora foi adquirida em 1989 pela Igreja Universal do Reino de Deus, em uma negociação avaliada em 45 milhões de dólares — valor que, na época, correspondia a cerca de 90 milhões de reais. Antes da venda, a emissora estava à beira da falência e era dividida entre a família Machado de Carvalho, fundadora do canal, e Silvio Santos.
Em resposta às polêmicas, a Record já afirmou em outras ocasiões que “não tem religião”, apesar de sua ligação institucional com a Igreja Universal.