POLÊMICA

Eliane Cantanhêde sobre ataques do Irã: “Não entendo como não matam ninguém”

O comentário, que envolvia a guerra entre Irã e Israel, gerou forte repercussão nas redes sociais.

Eliane Cantanhêde sobre ataques do Irã: “Não entendo como não matam ninguém” Eliane Cantanhêde sobre ataques do Irã: “Não entendo como não matam ninguém” Eliane Cantanhêde sobre ataques do Irã: “Não entendo como não matam ninguém” Eliane Cantanhêde sobre ataques do Irã: “Não entendo como não matam ninguém”
A jornalista se retratou após a polêmica.
A jornalista se retratou após a polêmica.

A jornalista Eliane Cantanhêde, comentarista da GloboNews, se retratou neste fim de semana após fazer uma pergunta ao vivo considerada insensível durante o programa Em Pauta, da última sexta-feira (20). O comentário, que envolvia a guerra entre Irã e Israel, gerou forte repercussão nas redes sociais.

Durante uma conversa com o correspondente Jorge Pontual, Cantanhêde questionou por que os ataques iranianos resultam em menos mortes do que os israelenses. A forma como a pergunta foi feita gerou críticas, principalmente após a jornalista se referir às vítimas com expressões como “uma mortezinha daqui, outra dali”.

“Condeno o antissemitismo e não sou um monstro que ‘lamenta’ poucas mortes em qualquer guerra que seja”, escreveu a jornalista em seu perfil no X (antigo Twitter) — rede que foi proibida no Brasil em 2024, mas ainda acessada via VPN por muitos usuários. Ela negou qualquer sentimento de ódio ao povo judeu e afirmou que sua intenção era levantar um debate técnico sobre armamentos e sistemas de defesa.

Cantanhêde, que também é colunista do jornal O Estado de S. Paulo e já trabalhou no SBT, reconheceu que se expressou mal:

“Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas.”

A pergunta feita ao vivo foi:

“Olha, Pontual, eu tenho uma pergunta de leiga e não sei se você vai ter condições de responder. Mas é o seguinte: por que os mísseis de Israel destroem Gaza, matam milhares e milhares de pessoas, e os mísseis que saem do Irã e caem, efetivamente, em Israel, não matam ninguém? Tem uma mortezinha daqui, outra dali. Tem 23 feridos daqui, 40 dali… Isso é o tipo de míssil ou é o tipo de edificação, de proteção, as estruturas de Israel que são mais poderosas?”

A fala gerou forte reação pública e reabriu o debate sobre limites éticos na cobertura de conflitos armados, além da necessidade de sensibilidade ao tratar de temas com grande carga humanitária.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.