Um dos rostos mais conhecidos da infância brasileira nos anos 1980, Mike Biggs, ex-integrante do Balão Mágico, volta aos holofotes em um projeto que mistura memória, música e história. Aos 51 anos, o cantor participa ativamente das gravações de um documentário dirigido por Tatiana Issa, que pretende ir além da trajetória de Ronald Biggs, o famoso ladrão inglês, para explorar a complexa relação entre pai e filho. A produção revisita lugares marcantes, como a antiga casa em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, onde Mike passou parte da infância.
O filme resgata também o auge do Balão Mágico, quando Mike conquistou o país ao lado de Simony, Tob e Jairzinho, vendendo milhões de discos e estrelando nas manhãs da TV Globo. O brilho do filho, no entanto, acabou refletindo ainda mais atenção sobre o pai. Ronald Biggs havia fugido para o Brasil após o célebre assalto ao trem pagador, ocorrido em 1963 na Inglaterra, e se tornou uma figura controversa, dividindo opiniões entre o mito folclórico e o criminoso que ganhou status de celebridade.
A Relação entre Pai e Filho no Documentário
Combinando entrevistas, imagens de arquivo e relatos pessoais, o documentário busca revelar como a convivência com uma figura tão polêmica marcou a vida de Mike. A narrativa não se limita ao escândalo, mas procura entender de que maneira o amor e as contradições familiares se entrelaçam com a cultura popular e a memória coletiva.