O vocalista e guitarrista da banda Raimundos, Digão, foi alvo de duras críticas nas redes sociais neste final de semana após ironizar a morte da brasileira Juliana Marins, de 33 anos, que caiu de um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.
Em um story publicado no Instagram, Digão compartilhou a imagem da mochila de Juliana — que trazia um broche com a frase “Ele não”, em referência à oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro — e escreveu:
“Quando o mundo dá a volta, não adianta chorar e fingir surpresa. #ELESIM mandou o fda-s pra vocês!”
A postagem foi encarada como uma mensagem de deboche à tragédia e gerou indignação imediata entre internautas, que acusaram o músico de falta de empatia e oportunismo político.
“O Digão dos Raimundos é um ser deplorável”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter).
“Um verdadeiro canalha! Lixo humano”, postou outro.
Quem era Juliana Marins
Juliana desapareceu no sábado (21), ao se separar do grupo com o qual fazia uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia. Dois dias depois, foi localizada por drones, imóvel a cerca de 500 metros abaixo do ponto da trilha. A operação de resgate, dificultada pela geografia da região, durou quatro dias. A morte foi confirmada pela família na terça-feira (24).
A jovem morava na Austrália e era praticante experiente de trilhas. Amigos e familiares vinham mobilizando uma campanha nas redes sociais para pressionar as autoridades locais a acelerar o socorro.