Em ótima fase em Hollywood por sua atuação em “A Substância”, Demi Moore vem cumprindo uma agenda repleta de compromissos para divulgar o filme. Com frequência, ela fala também sobre um assunto relacionado à vida pessoal: o quadro de saúde de seu ex-marido Bruce Willis.
Protagonista de filmes como “Duro de Matar” (1988), “O Sexto Sentido” (1999) e “Corpo Fechado” (2000), Willis está afastado dos holofotes desde que recebeu o diagnóstico de uma afasia, disfunção que atrapalha a fala, em 2022.
No ano seguinte, a família tornou público que os médicos detectaram uma demência frontotemporal, condição neurodegenerativa que afeta a linguagem e o comportamento como desinibição, perda de empatia, falta de julgamento, impulsividade e comportamentos compulsivos. É a mesma doença que acomete o jornalista Mauricio Kubrusly.
Em uma entrevista exclusiva à CNN americana, Demi descreveu o momento como “muito estável”, mas ressaltou a dificuldade de ver Bruce passando por isso. “[Não é] o que eu desejaria a ninguém”, afirmou a atriz, emocionada.
Ela também destacou a importância de compreender o estado das pessoas afetadas pela condição. “Quero enfatizar com sinceridade: é crucial entender onde essas pessoas estão. E, a partir desse lugar, há muito amor e alegria”, explicou. “Embora haja uma grande perda, também há uma grande beleza e presentes que podem surgir”.
A mais recente aparição do ator foi em fotos publicadas no Instagram, compartilhadas por Scout e Tallulah, duas das três filhas de seu casamento de 13 anos com Demi. A imagem foi postada durante as comemoração do Dia de Ação de Graças, no fim de novembro.
“Gratidão”, diz a legenda da postagem conjunta. Nas fotos, o ator, de 69 anos, segura uma placa com a frase “melhor pai do mundo”.
Segundo relatos recentes à revista Closer, a condição só piorou nos últimos anos e, atualmente, ele não se lembra mais de algumas pessoas próximas, inclusive da ex-mulher. No ano passado, à Vogue, Talullah deu mais detalhes sobre a doença do pai, e contou quão desafiador tem sido se comunicar com ele.
“Minha família anunciou no início de 2022 que ele tinha afasia, uma incapacidade mediada pelo cérebro de falar ou entender a linguagem, e este ano ficamos sabendo que esse sintoma é uma característica da demência frontotemporal, um distúrbio neurológico progressivo que deteriora sua cognição e seu comportamento dia após dia. Mas eu já sabia que tinha alguma coisa bem errada há muito tempo.”