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Confeiteiro paraense está na nova edição do "Bake Off Brasil" no SBT

Yorran Salomão, de 20 anos, é do município de Maracanã e conhecido como "Rei do Bolo" FOTO: REPRODUÇÃO INSTAGRAM
Yorran Salomão, de 20 anos, é do município de Maracanã e conhecido como "Rei do Bolo" FOTO: REPRODUÇÃO INSTAGRAM

TEXTO: WAL SARGES

O paraense natural do município de Maracanã, Yorran Salomão, 20, representa o Pará no “Bake Off Brasil” (SBT) nesta 9ª temporada. Apresentado por Nadja Haddad, a nova temporada do reality terá 19 episódios, estreia dia 12 de agosto e será exibido até o dia 23 de dezembro.

Estudante de Administração, o jovem confeiteiro saiu da cidade pesqueira de Maracanã, na região do Salgado, em busca de um sonho: ser confeiteiro. “Durante a minha vida passei por diversos processos e ciclos, alguns bons e outros nem tanto, mas sei que tudo sempre fez parte de algo maior, que são os planos de Deus. E agradeço por tudo que vivi até hoje pois venci obstáculos atrás dos meus sonhos e cheguei até aqui no Bake Off 9ª temporada”, disse ele em um vídeo de apresentação publicado no seu Instagram.

“Passei por diversos processos e ciclos, alguns bons e outros nem tanto, mas sei que tudo sempre fez parte de algo maior.”

O jovem que mora em Castanhal tem hoje sua própria empresa de bolos. Sob a alcunha de Rei do Bolo, na cidade modelo. Yorran demonstra em seus vídeos na internet que tem determinação e garra, mas é através de muito humor e da leveza que ele conquista o público. Ele viralizou na internet em março deste ano quando perseguiu o carro do Google Maps.

REALITY JÁ TEVE OUTRO PARAENSE TERMINANDO EM SEGUNDO LUGAR

Em 2020, a telinha do reality conheceu o primeiro representante do Pará na competição mais doce da tevê: Flávio Amoêdo Silveira. Naquele ano, ele compôs o time ao lado de outros 15 chefs da confeitaria e chegou a ser vice-campeão da temporada.

“Foi a melhor experiência da minha vida. Entrei sem saber nada e saí vice-campeão. Isso é um grande prêmio. É o maior. Fiz todas as provas entre técnicas e criativas. O Bake Off foi a melhor universidade, onde aprendi sobre tudo, inclusive sobre meus limites. A participação veio em um momento delicado, depressão. A dedicação foi tamanha que também foi uma cura. Quando me deparei com a realidade, com a projeção, com a responsabilidade, a dedicação foi maior”, diz o confeiteiro.

“Não fui para apenas aparecer, fui para fazer o diferencial e levar meu Norte para todos conhecerem. Não somos apenas açaí e castanha-do-pará, somos mais.”

Ao som de “Maravilhoso”, Flávio foi ovacionado por seus colegas de competição no seu primeiro avental azul – que era uma espécie de prêmio para o que mais se destacava nas provas. E até o fim, ele mostrou a sua marca. “Não fui para apenas aparecer, fui para fazer o diferencial e levar meu Norte para todos conhecerem. Não somos apenas açaí e castanha-do-pará, somos mais. A minha carreira marcou, além do bordão ‘maravilhosos’, os sabores do meu Pará, que não abro mão em levar na mala. Bolo de tacacá, açaí, taperebá, cupuaçu, bacuri, urucum, chicória, marcaram [presença nas receitas]. A persistência, o impressionar, o doar 100% foi imprescindível”.

As dificuldades são inúmeras, diz ele. “Na minha época tínhamos o lockdown, vivemos a pandemia lá, tudo era mais intenso. Não tive a oportunidade de me preparar com grandes profissionais, não tive ajuda de ninguém, não podíamos. Para ir bem no programa tem que estudar, recriar sabores, fazer o diferencial. A confeitaria é muito mais que apenas morango, frutas vermelhas e maracujá, por exemplo, o Brasil é rico em sabores; é sobre saber usar, arriscar e sair da zona de conforto, prestar atenção nas provas técnicas e ir para lá para aprender. Lembrando que o Bake Off é uma vitrine. Quem quer seguir a carreira, deverá saber usar a visibilidade”, orienta.

“Sou muito orgulho em ter sido o primeiro representante do estado, em ser vice-campeão competindo com grandes feras, em ter ido para a final com uma pessoa que admirei o programa todo e que a estudava. Não queria ser melhor que ninguém, apenas ser melhor para mim todos os dias. Não foi fácil, mas foi bom, ops, foi maravilhoso. Hoje, ajudo confeiteiros, que foi meu propósito assim que saí do programa, dar para eles tudo que não tive em conhecimento”, completa Flávio Amoêdo.