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Cinema foi atividade cultural que mais perdeu público

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Começa hoje, em todo o país, a Semana do Cinema, que oferece programação com diversos filmes em salas comerciais, ao preço único de R$ 12
Começa hoje, em todo o país, a Semana do Cinema, que oferece programação com diversos filmes em salas comerciais, ao preço único de R$ 12

Mesmo com a vacinação e a diminuição dos casos de Covid-19, não é todo brasileiro que se sente confortável em voltar a ir ao cinema – só 26% foram assistir a um filme numa telona nos últimos 12 meses. Cada ponto percentual equivale a 1,46 milhão de pessoas.

É o que diz o levantamento “Hábitos Culturais III”, realizado pelo Itaú Cultural em parceria com o Instituto Datafolha e divulgado nesta quinta-feira (25). O estudo ouviu 2.240 pessoas das cinco regiões do país que têm entre 16 e 65 anos, de todas as classes econômicas, homens e mulheres.

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E há mesmo uma queda vertiginosa de cinéfilos – o mesmo estudo feito no ano passado apontava que 59% dos entrevistados, mais que o dobro do número atual, tinham ido ao cinema pelo menos uma vez antes da pandemia.

Mas a pesquisa vai além e aponta que a diminuição de público não é um problema só das salas de cinema. Apresentações de música, dança e teatro tinham sido visitadas antes da pandemia por 39% dos entrevistados, segundo o levantamento feito no ano passado, mas agora só 18% declararam terem ido a atividades do tipo nos últimos 12 meses. Exposições e museus caíram de 11% para 8%.

Na contramão disso, os podcasts decolaram no último ano. O estudo conclui que, se antes do coronavírus 32% dos brasileiros consumiam esse tipo de programa, agora 42% dos entrevistados apreciam ouvir esses programas.

O mesmo não pode se dizer sobre outras atividades feitas em casa, como a leitura de livros digitais e assistir a filmes e séries online -todas tiveram queda de 5% de consumo entre os tempos antes da Covid e os últimos 12 meses.

Tendência de crescimento

Vale dizer que, apesar disso, o interesse por atividades presenciais cresceu sim. Se no ano passado 62% diziam que dariam preferência a ver shows musicais fora de casa, o número agora cresceu para 72% dos entrevistados.

Espetáculos circenses, apresentações de teatro e de dança seguem a mesma tendência e subiram 9%. Mesmo com a queda de público, houve aumento de interesse na ida ao cinema também – antes eram 64% e agora 76% que preferem ver um filme fora de casa.

O estudo investigou também que os brasileiros gastam em média R$ 178 por mês com atividades culturais presenciais. Para programas feitos online, a despesa média é menor, de R$ 128,38.

As dificuldades trazidas pela pandemia se refletem na saúde das pessoas. O estudo indica que 49%, quase a metade dos entrevistados, afirmaram que alguém de seu domicílio sofreu com algum problema de saúde mental nos últimos 12 meses.

A boa notícia é que, para 48% dos consultados, as atividades culturais online contribuíram para melhorar a qualidade de vida, e 53% atestam que elas também ajudaram a diminuir o estresse e ansiedade. O lazer feito virtualmente também diminui a sensação de tristeza de 54% das pessoas.