USO TERAPÊUTICO

Chef Fogaça lança plataforma para ampliar acesso à cannabis medicinal

Projeto foi desenvolvido em parceria com a Associação Cannabis Colaborativa Kannacob, organização sem fins lucrativos.

Henrique Fogaça. Foto: Band
Henrique Fogaça. Foto: Band

O chef e jurado do MasterChef Brasil, Henrique Fogaça, anunciou nesta terça-feira (16) o lançamento da “Komunidade”, plataforma online criada para facilitar o acesso à cannabis medicinal no país. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Associação Cannabis Colaborativa Kannacob, organização sem fins lucrativos, e busca democratizar o uso de produtos terapêuticos à base de cannabis.

A iniciativa nasceu da experiência pessoal de Fogaça com a filha, Olívia, que tem uma síndrome rara que compromete suas funções motoras e impede que ela ande e fale. O tratamento com óleo de canabidiol trouxe resultados significativos para a qualidade de vida da jovem, segundo o chef.

“Eu vivi na pele a angústia de não encontrar respostas para minha filha. Quando vi os efeitos positivos da cannabis medicinal na vida da Olívia, entendi que precisava compartilhar isso com outras famílias. A Komunidade nasce desse propósito: transformar dor em ação, e informação em acesso”, afirmou Fogaça.

A plataforma oferece uma vitrine de produtos terapêuticos, incluindo óleos de cannabis, cogumelos funcionais, óleos essenciais e suplementos naturais. O projeto também disponibiliza consultas médicas, fóruns de troca de experiências e conteúdos educativos para orientar os usuários.

Fogaça também defendeu o uso da planta além do contexto medicinal. “A cannabis pode ser usada na cozinha. Ela é uma planta sagrada, com diversas funções. Tranquiliza, dá bem-estar. É preciso abrir a mente para isso”, disse, destacando o potencial da erva na gastronomia.

O chef aproveitou para criticar a histórica criminalização da maconha. “Lá atrás, nos EUA, os músicos negros do jazz fumavam cannabis. As esposas dos ricos gostavam deles, então os poderosos começaram a demonizar a planta por puro preconceito. É uma hipocrisia histórica que precisa ser revista”, completou.