Uma coisa é indiscutível sobre Belém do Pará: a riqueza cultural da região é encantadora. Prova disso é o sucesso que ela tem feito no programa “O Melhor da Tarde”, exibido pela Band/RBATV ao vivo, direto da Estação das Docas. Na terça-feira, 11, o rei do Carimbó, o cantor Pinduca, foi quem embalou uma multidão que se formou no local para a gravação do programa televisivo. Hoje, 12, vai ao ar o último programa ao vivo, com as participações especiais da cantora Viviane Batidão, do grupo Vingadores do Brega, do chef de cozinha Leonardo Modesto, além de reportagens sobre o artesanato de Icoaraci.
E se tem algo que é possível prever é que Catia Fonseca vai aproveitar ao máximo cada experiência que se apresentar, como ocorreu nos dois primeiros dias de transmissão em Belém. Ontem, com um enfeite na cabeça e uma saia rodada, a apresentadora caiu nas graças do público, dançando carimbó ao lado de Pinduca. Ao som de “Sinhá Pureza”, ela mexeu e remexeu, mostrando que tem a ginga da cabocla paraense. “Eu já falei para os meninos que a gente tinha que passar aqui uns três meses morando em Belém do Pará para curtir tudo o que a cidade tem para nos oferecer”, contou ela em entrevista ao TDB.
Catia puxou um coro da plateia para que as gravações do programa continuem sendo exibidas de Belém. “Eu sempre falo para o Rodrigo [Riccó, marido dela e diretor do programa], que para você conhecer um lugar, você vive o dia a dia do lugar, porque se você faz passeio de turista conhece só uma parte. Também perguntamos às pessoas do lugar qual o melhor restaurante que eles comem porque não quero o de turista, eu quero sentir o que é. A gente vai ao supermercado e compra as coisas próprias da região. Acho que isso é entender um pouco do lugar e descobrir a riqueza dele”, afirmou.
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O cantor Pinduca foi recebido pelo público com muito carinho e creditou isso à sua carreira longínqua, que soma 71 anos. “Para mim é muito gratificante contar com o prestígio do público porque nos meus incontáveis anos divulgando [o carimbó], hoje vejo que o público reconhece, então foi bom plantar e colher agora. Plantei, foi difícil o começo. É como uma árvore que vai crescendo e lá adiante dá o fruto, foi o que aconteceu. Eu me sinto bem com isso”, comentou o artista que, em 2017, foi indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de raízes brasileiras com “No Embalo do Pinduca”.
SABOR DO PARÁ
Na culinária, os pratos que receberam destaque no último programa foram o vatapá à moda paraense, a maniçoba, o tacacá, além do pato no tucupi e o caruru. “Foi um grande prazer participar, trazendo um pouco da nossa cultura tradicional, mostrar o nosso tipo de vatapá, o nosso caruru. Para ser uma coisa mais rápida, a gente pensou em um vatapá que é diferente, feito com pão e não com trigo. E a Catia adorou. Ela disse que sentiu que ele é leve e diferente do vatapá que ela já experimentou no Nordeste”, revelou Daniela Martins, dizendo que o vatapá sempre foi feito com pão, mas com o tempo, passou a ser preparado com trigo, devido ao calor daqui.
Na mesa de Catia Fonseca, no programa, as comidas passam primeiro pelo chef Neco Guarnieri para depois serem servidas para a apresentadora e convidados. O chef comentou que a cozinha do Pará provoca arrepios. “Tudo me impressionou na cozinha paraense. A gente conhece muitos produtos porque São Paulo é uma capital internacional, onde se chega de tudo um pouco. Mas vindo aqui, pegando o fruto fresco, se alimentando dele, o sabor é totalmente diferente. Até arrepia falar porque muda muito”.
Ele ressalta que todas as iguarias locais têm sabores marcantes. “O açaí daqui é puro, fresco e eu aprendi o jeito certo de tomar ele, que é dando uma mordida no peixe e dando uma colherada no açaí com farinha de Bragança que fica uma combinação maravilhosa na boca, do lado do rio, com essa energia boa, a comida fica ainda mais intensa”, enalteceu Guarnieri.
PURA ENERGIA
Imparável, Catia Fonseca parece estar ligada em uma bateria que nunca descarrega. Mais uma vez, no segundo dia de gravações na capital paraense, a apresentadora atendeu a pedidos de fotos, sem dispensar sorrisos. O diretor do programa e marido da apresentadora, Rodrigo Ricco, disse que ela é sempre assim. “Ela não para. Ela é ligada no 220 e se eu interromper esse contato dela com o público, ela não vai gostar. Então, ela fala com um a um”, descreveu.
Fazer essa produção em Belém foi bem marcante, além de contar com um dia ensolarado e o famoso calor típico da nossa região. O diretor diz que ele e a equipe se adaptaram bem a isso. “Foi fantástico, uma emoção gigante, maravilhoso. Povo incrível, cidade linda. Falaram que a gente ia sofrer com o calor, mas estou bem porque gosto do calor”, disse Rodrigo Riccó. “A gente foi à Varanda da Fafá e numa hora quando a santa estava passando na trasladação, ela estava cantando a música ‘Jesus Cristo’ com o Padre Fábio de Melo, eu comecei a chorar e não parava e aquela multidão em volta da santinha. Foi demais. Eu não sei explicar o que senti”, lembrou ele.
PARCERIA
Durante um contato com a repórter da RBATV Sancha Luna, Catia Fonseca elogiou a produção das reportagens feitas ao longo do Círio. “Eu fico feliz de poder ter feito parte do projeto, eu amo a Catia. Já era fã, imagina poder falar um pouco de algo tão importante da nossa terra, no programa em rede nacional onde eu admiro demais a Catia. A humildade dela e a simpatia é um marco dela. É bom demais saber que somos lembrados. É um reconhecimento que nos faz ainda mais felizes na profissão que eu e meus amigos escolhemos. Participar do ‘Melhor da Tarde’ é um presente, uma premiação”, comentou Sancha.
As matérias exibidas no programa de ontem e algumas que o público ainda vai assistir ao longo desta semana foram feitas pelos repórteres e cinegrafistas da RBATV, como Wellington Júnior que falou sobre o açaí, Marcos Aleixo reportou o traslado da berlinda para Ananindeua e teve ainda uma matéria da Carol Bambo sobre o Arraial do Pavulagem. O especial contou ainda com a participação do repórter cinematográfico Lucas Rafael, que fez as matérias com Wellington Júnior e ainda está trabalhando no link ao vivo do programa na Estação das Docas.
(Texto: Wal Sarges)