Folhapress
Preta Gil falou sobre o tratamento oncológico, o que mudou em sua vida desde então e a separação de Rodrigo Godoy, com quem estava junto há oito anos. A cantora confirmou o fim da relação no fim de maio, depois de rumores apontarem uma traição do personal trainer.
“A decisão foi minha, mas já estava acabando. O casamento não superou um tratamento oncológico. Não é tão pragmático, a gente fica tentando justificar. Existem nuances em uma separação tão sofrida como foi a minha. Mas eu faço parte, sim. A gente não conseguiu passar por isso”, afirmou em entrevista à revista Marie Claire.
A cantora descobriu um câncer de intestino no começo do ano e, desde então, passa por sessões de radioterapia e quimioterapia. A artista refletiu sobre a estatística do Conselho Nacional de Mastologia, de que 70% das mulheres em tratamento oncológico são abandonadas pelos parceiros, e afirmou que a ideia de que precisa ser cuidada é machista.
“Infelizmente eu faço parte dessa estatística, sim, porque de fato o relacionamento acabou. Meu instinto de sobrevivência me fez querer me separar, mesmo eu estando com câncer, porque não estava me fazendo bem. E é machista achar que preciso ficar casada para ser cuidada. Por que o marido é mais importante que a mãe, o pai, a irmã, o amigo? Isso é um traço do patriarcado, que coloca essa importância tão grande no homem.”
Preta também falou sobre a iminência da morte e da percepção de que sua vida é finita, e que começou a repensar o assunto após uma conversa com o pai, o músico Gilberto Gil.
“A morte é um assunto muito tabu, mas eu tenho um pai que fala de uma forma natural sobre isso. Temos conversado bastante. Depois da septicemia, tivemos uma conversa tão verdadeira, tão bonita, que eu realmente comecei a ver a morte de outro jeito. É uma realidade que a finitude pode chegar para mim mais rápido. Sempre tive muito medo de morrer, hoje não tenho mais.”