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Cadê você, Giulia Gam?

No ar na reprise de Mulheres Apaixonadas, atriz deixou TV para cuidar de depressão. FOTO: divulgação
No ar na reprise de Mulheres Apaixonadas, atriz deixou TV para cuidar de depressão. FOTO: divulgação

Filipe Pavão

UOL/Folhapress

Heloísa em “Mulheres Apaixonadas” (2003), Giulia Gam chamou atenção por interpretar uma personagem que tinha um ciúme excessivo do marido, interpretado por Marcello Antony, e que vai parar no MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas).

Após a trama de Manoel Carlos, Giulia Gam participou de outras tramas globais, mas precisou fazer uma pausa depois”Boogie Oogie” (2014) para cuidar da saúde. Em conversa recente com o UOL, ela contou que foi diagnosticada com depressão.

“Eu realmente tive uma depressão. Nessas horas, a gente tem que pedir ajuda médica. Muitas vezes, a gente não percebe que está tendo uma depressão porque ela se manifesta diferentemente para cada pessoa, mas você tem que procurar um terapeuta, um psiquiatra e superar. A cabeça e a alma da gente são muito complexas e sensíveis”, disse Giulia Gam, em agosto do ano passado, ao UOL.

Heloísa foi a personagem que mais marcou sua carreira, apesar de ela considerar que teve a chance de escolher projetos bacanas para interpretar, mas a personagem escrita por Maneco “bateu fundo nas mulheres”

“Elas [as mulheres] viram que aquilo é uma doença tratável. Sempre vieram falar comigo não só admirando a atriz, mas agradecidas por esse tema ter sido tocado.”

“Eu gostei muito das novelas que fiz e tenho saudades daquela adrenalina. Se um projeto é bacana, seja ele na televisão ou no teatro, não importa a linguagem”, disse Giulia

TRAJETÓRIA DE SUCESSO

Natural de Perúgia, na Itália, Giulia cresceu em São Paulo e começou a atuar ainda na adolescência em uma companhia de teatro. Chegou à TV em 1986 para viver a protagonista de “Mandala” na primeira fase da trama.

Apesar de estar longe das novelas desde 2014, não significa que Giulia abandonou a arte. Pelo contrário, nesses oito anos, ela participou de produções teatrais e cinematográficas.

“Eu fiz cinema, (o filme) ‘O Auto da Boa Mentira’, que a gente filmou no Uruguai. Eu fiz uma remontagem de uma peça que fez muito sucesso com a Monique Gardenberg, que é ‘Os Sete Afluentes do Rio Ota’, uma peça linda, um marco mesmo. E fiz um filme durante a pandemia, que se chamava ‘Quarteirão 666’ (ainda em pós-produção). E depois da pandemia, não fiz nada. Eu assisti as peças e as lives das pessoas”.

“Estou muito feliz porque estou me sentindo bem, estou com o coração em paz e desfrutando desse momento. Poder cuidar da minha saúde, fazer os meus exercícios, encontrar os meus amigos… Tenho recebido propostas de trabalhos, então, logo logo, eu apareço por aí”, adiantou a atriz sem revelar detalhes.

Outro motivo que deixa Giulia feliz é a trajetória do filho, Theo, fruto do casamento com o ex-marido, Pedro Bial. O jovem de 24 anos lançou seu primeiro álbum, “Vertigem”, no ano passado. Ela conta que sempre estimulou que o filho se interessasse pela arte.

“Ele encontrou a paixão dele na música. E é tão difícil a gente encontrar uma paixão…Tentei estimulá-lo a ouvir todo tipo de música, assim como ler livros, assistir a filmes, ir a exposições. Ele até entrou em Filosofia porque queria escrever melhor seus textos e músicas. Ele está trilhando o caminho dele e tomara que ele faça uma bela jornada.”