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Bolsonaro inclui cachê de Gusttavo Lima na lista de sigilo de 100 anos

Gusttavo Lima, 33, pediu segredo de justiça em um processo movido por um homem que diz ter sido agredido por seguranças em um de seus shows.. Foto: Divulgação
Gusttavo Lima, 33, pediu segredo de justiça em um processo movido por um homem que diz ter sido agredido por seguranças em um de seus shows.. Foto: Divulgação

FOLHAPRESS

O cachê que o cantor sertanejo Gusttavo Lima recebeu para participar do comercial da Mega da Virada em 2021 está sob sigilo de 100 anos por determinação do presidente Jair Bolsonaro.

O sigilo de cem anos está previsto no artigo 31 da Lei de Acesso à Informação e se restringe a dados pessoais relacionados “à intimidade, vida privada, honra e imagem”. O texto estabelece cem anos como o prazo máximo para esse tipo de sigilo –ou seja, o prazo pode ser menor.

A informação da inclusão das informações do cachê do sertanejo na lista do sigilo foi noticiada pelo portal Movimento Country. Ainda segundo a publicação, no Portal da Transparência consta que a Caixa Econômica Federal desembolsou mais de R$ 10 milhões para a campanha, mas a destinação e o uso da verba não foram revelados, e o pagamento feito ao cantor está sob o decreto presidencial.

Lima, que este ano teve pagamentos com recursos públicos questionados dando início ao movimento que ficou conhecido como “CPI do Sertanejo”, é apoiador do presidente e amigo da família. Durante a campanha, Bolsonaro foi alvo de críticas do presidente eleito Lula por também impor sigilo no processo que investiga Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.

Procurado pela Folha de S.Paulo, o cantor não quis se manifestar sobre o assunto até a publicação desta reportagem.