DIA DO BEIJO

Beijar faz bem (mas também pode fazer mal): veja os riscos e benefícios, segundo especialistas

Neste 13 de abril, Dia do Beijo, especialistas alertam que a troca de saliva pode transmitir milhões de bactérias em questão de segundos

Reprodução/Canva
Reprodução/Canva

O beijo é uma das formas mais populares e carinhosas de demonstrar afeto. Além de despertar emoções, ele ativa os chamados “hormônios da felicidade”, como oxitocina e dopamina. Porém, como nem tudo é só romance, também é importante lembrar: beijar envolve riscos para a saúde bucal — especialmente se a higiene não estiver em dia.

Neste 13 de abril, Dia do Beijo, especialistas alertam que a troca de saliva pode transmitir milhões de bactérias em questão de segundos. Por isso, antes de aproveitar a data do jeito tradicional, vale caprichar na escovação.

A dentista Ianara Pinho explica que, embora o beijo seja uma expressão de carinho, ele pode causar problemas se a saúde bucal estiver comprometida. Além de cuidar da própria higiene, é essencial observar sinais no parceiro, como coriza, febre, aparência gripal ou lesões nos lábios.

Doenças como herpes simples, gripe, resfriado, mononucleose, covid-19 e até sarampo podem ser transmitidas pelo beijo. Para se proteger (e proteger o outro), a dentista recomenda evitar múltiplos parceiros e redobrar os cuidados com a higiene bucal.

Um dos problemas mais comuns é a halitose, o famoso mau hálito. Ianara destaca que 90% dos casos têm origem na própria boca — e não apenas nos dentes: “É fundamental cuidar também da higiene da língua”, reforça.

Mas nem tudo é risco. O beijo também tem seus benefícios! A saliva, estimulada durante o ato, ajuda na proteção contra cáries e outros problemas bucais. A dentista ressalta que a troca de microrganismos durante o beijo, na maioria das vezes, não representa perigo, desde que ambos estejam com a saúde em dia.

Beijar também é terapêutico

Além da parte biológica, há também os efeitos positivos do beijo sobre o bem-estar. A dentista Anna Karolina Ximenes lembra que a prática estimula a liberação de substâncias como adrenalina, endorfina e dopamina, responsáveis pela sensação de prazer e felicidade. A psicóloga Alessandra Araújo complementa: esses hormônios ajudam a reduzir o estresse e promovem uma sensação de conexão com o outro.

E quem usa aparelho?

Para quem usa aparelho ortodôntico, o alerta é ainda mais importante. O acúmulo de biofilme (ou placa bacteriana) é maior nesses casos, exigindo uma rotina de higiene mais rigorosa. A recomendação é clara: escovar os dentes, usar fio dental e enxaguante bucal antes e depois de beijar.

No fim das contas, beijar continua sendo uma delícia — mas com consciência e cuidado, é ainda melhor.