A atriz Haonê Thinar, destaque em Dona de Mim, relembrou recentemente um capítulo determinante de sua vida: a luta contra um câncer ósseo na infância. Diagnosticada aos 8 anos com um tumor maligno no fêmur, enfrentou uma decisão precoce e decisiva, a amputação da perna direita. Com maturidade incomum para sua idade, encarou o tratamento com coragem e até criatividade. Durante as sessões de quimioterapia, fantasiava-se de bailarina, usava glitter e transformava a experiência em uma espécie de jogo de imaginação, encontrando na arte uma forma de aliviar o peso da doença.
A opção pela amputação, dolorosa e definitiva, foi vista por Haonê como escolha pela vida. “Lembrei que tinha sido uma decisão minha. Convivo muito bem com isso. Não tive depressão”, declarou em entrevista. Embora tenha enfrentado desafios na volta à escola, especialmente ligados à autoestima, a atriz logo demonstrou uma resiliência incomum para a idade. Esse olhar positivo se aproxima de estudos que destacam o impacto do apoio familiar e do otimismo no enfrentamento do câncer infantil, cuja taxa de cura pode chegar a 80% quando diagnosticado e tratado precocemente, segundo o INCA.
Notícias Relacionadas
Superação e Representatividade
Hoje, conciliando carreira e maternidade, Haonê usa muletas no dia a dia, mas afirma que sua deficiência não limita suas conquistas. Pelo contrário: sua presença nas telas amplia a representatividade de pessoas com deficiência no audiovisual brasileiro, em um cenário ainda carente de diversidade. Ao interpretar Pam em Dona de Mim, a atriz dá vida a uma personagem, mas também simboliza inclusão e superação, mostrando que talento e sensibilidade vão muito além das barreiras físicas.
