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Alessandra Negrini quer personagem popular

A presença da atriz Alessandra Negrini, 54, no programa Lady Night, do Multishow, deixou internautas em polvorosa.
A presença da atriz Alessandra Negrini, 54, no programa Lady Night, do Multishow, deixou internautas em polvorosa. foto: divulgação/ tv globo

Guida, de “Travessia”, ainda não é a personagem que falta na carreira de Alessandra Negrini, mas a atriz gostou do que leu na sinopse da novela e não demorou a dizer “sim” ao convite da autora Glória Perez e do diretor Mauro Mendonça Filho.

“Ela é divertida, real, e foge um pouco do que a Globo estava acostumada a me dar: mulheres mais cheias de conflitos”, diz. Alessandra nem pensa duas vezes quando é perguntada sobre que papel gostaria de interpretar em futuros trabalhos na Globo, onde estreou há 29 anos.

“Sabe o que eu queria fazer? Um papel bem popular. Nunca fiz. Não sei por quê nunca me chamaram. Queria que os autores e diretores me chamassem para uma mulher bem povão”, explica Negrini. Ela diz não saber ao certo o motivo para invariavelmente a escalarem para personagens que têm um pé na sofisticação.

Talvez por ter o physique du rôle? “Não sei onde! (risos) Sou rainha de Carnaval, corintiana de ir aos estádios… Imagina! Fora que sou atriz e me viro”, acrescenta, antes de reforçar: “Quero muito ainda ter uma personagem popular”.

SEM CULPA

Longe das novelas desde “Orgulho e Paixão” (2018), Negrini se empolga com a trama de sua personagem. Guida é a irmã mais velha de Leonor (Vanessa Giácomo) e acaba se casando com Moretti (Rodrigo Lombardi), o ex-namorado da caçula, a quem sempre criticou.

“Vai ser um pega pra capar. O público gosta de briga, né? Gosta de ver treta e a Glória preparou uma das boas”, adianta a atriz, que logo sai em defesa de sua personagem. “Entre o namoro e o casamento se passam dez anos, Guida acreditava que Leonor já tinha superado aquela relação do passado. Ela não é má e também não é vilã. O relacionamento com o Moretti é coisa do destino”.

Negrini jura que não se incomoda e não teme ficar rotulada por interpretar vilãs e mulheres de caráter duvidoso com frequência. “Não mesmo. Me divirto horrores porque tento fazer com que a personagem não fique com aquela energia pesada. A Susana, de ‘Orgulho e Paixão’ (2018), era assim e foi um dos trabalhos de que mais gostei da vida”, finaliza, citando sua novela mais recente.

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(Texto: ANA CORA LIMA/FOLHAPRESS-RJ)