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A Amazônia é vegan!!

Ney Messias teve a provação de Jacquin -Foto: Melissa Haidar/Band
Ney Messias teve a provação de Jacquin -Foto: Melissa Haidar/Band

Vai ter torcida paraense na primeira edição do “MasterChef+”. O educador físico, instrutor de meditação e canoagem Ney Messias Jr., 60, passou pelo crivo da primeira seleção ao programa e está entre os concorrentes que vão suar à beira do fogão ao longo das próximas noites de terça-feira. O paraense ganhou “sim” dos chefs Erick Jacquin e garantiu o avental ao preparar uma receita autoral cheia de sabores amazônicos, mas com leitura de gastronomia internacional: um falafel de pupunha, servido com uma maionese de castanha-do-Pará e com quinoa no tucupi.

Apesar de algumas críticas, como a acidez do prato e um pouco de secura no bolinho feito de pupunha – o que lhe custou o não de Helena Rizzo, mesmo que depois ela tenha se declarado arrependida -, o paraense foi elogiado como o único na seleção a apresentar um prato autoral, e com uma proposta definida, com ingredientes que tinham a ver com o lugar de onde vinha.

Na conversa prévia com a apresentadora Ana Paula Padrão, Ney destacou que os insumos mais conhecidos da cozinha amazônica, hoje reconhecida como uma das mais criativas no território nacional, são de origem vegetal. “A Amazônia é vegan!”, bradou ele, que contou aos chefs ter se tornado vegetariano em 2018.

“Eu realmente não costumo dar esse espaço a vegetarianos, mas acho que o mundo está mudando. Quem sabe um dia também eu não seja vegetariano?” – Jacquin

Ao site da Band, logo após a seleção, Ney garantiu que o estilo de vida vegano não prejudicará sua trajetória no programa. “Estou em um game, regido pelas regras do programa, vou provar [os pratos], mas não vou ingerir porque essa é uma questão mesmo de princípios. Acho que a gente se torna vegetariano/vegano por três grandes causas: ou pela compaixão aos animais, ou pela sua saúde própria, ou pelo planeta. Não vou infringir nenhum desses princípios, mas obviamente vou cozinhar tudo que tiver que ser cozinhado e provar tudo que tiver que ser provado, porque afinal de contas a gente não tem como não provar um prato que faz”, explicou.

Ele também falou da mãe, Alice, falecida há dois anos, como sua grande referência na cozinha. “A gastronomia é um lugar de afeto e tem a ver com a relação com a minha mãe, que cozinhava muito. Inclusive, quando fiz a prova [para a seleção do programa], era o dia que completou dois anos da partida dela. E no dia seguinte, que ela fazia aniversário, recebi a notícia de que estava no programa. Ela está aqui comigo”, emocionou-se.