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Para quem gosta de um friozinho, partiu Minas!

Minas convida para um passeio turístico com um friozinho especial. Fotos: Nilmar Lage
Minas convida para um passeio turístico com um friozinho especial. Fotos: Nilmar Lage

Carla Azevedo

Dentro de uma ação voltada a dar engajamento ao turismo em Minas Gerais, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, lançou no dia 27 de junho a Press Trip para jornalistas de todas as regiões do país para conhecerem o Estado e suas particulares no período de inverno naquela região. O projeto traçou um roteiro turístico dividido em cinco grupos que puderam vivenciar a estadia em locais indicados pelo Governo.

A programação do “Inverno em Minas” combina gastronomia, natureza, patrimônio histórico e cultural e muita aventura, para quem gosta de adrenalina. Essa iniciativa faz parte do projeto “Ano da Cozinha Mineira – clássica e contemporânea”, que inicia neste mês de julho. A proposta inicial foi levar esse grupo com mais de 30 jornalistas para a abertura da temporada de inverno em Minas Gerais. E o DIÁRIO DO PARÁ foi o único jornal da Região Norte a estar presente.

A tour mineira iniciou com um jantar de apresentação no Palácio da Liberdade, antiga morada dos governadores do Estado, que agora funciona como Museu do Estado e fica na área central de Belo Horizonte. O jantar foi assinado pelo chef mineiro Léo Paixão, conhecido nacionalmente, principalmente após a participação como jurado no programa “Mestres do Sabor” (Globo). Além dele, foram convidados a participar da assinatura do jantar os chefs Pedro Frade, da Confeitaria Caramelo, e Guilherme Furtado e Gabriela Guimarães, do Restaurante Ōkinaki.

Durante o jantar, o secretário de Cultura Leônidas Oliveira falou com os jornalistas a respeito do projeto. “O inverno em Minas significa mostrar para o Brasil e para o mundo a potência desse período no Estado como um todo. De Monte Verde a Tiradentes, passando pela Região da Mantiqueira e outras. As cidades estão preparadas para acolher quem quer vir a Minas Gerais”, disse.

O projeto turístico coincide com os tradicionais festivais de inverno em diversas localidades também, com muitos shows, exposições, sessões de cinema, teatro, entre outros. Mas especialmente a culinária, que é patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais. Entre os destaques da cozinha mineira estão os quitutes – tendo como base o milho, quentão – que é feito com cachaça produzida na região – ótimo para aquecer no friozinho. Tem o pão de queijo, famoso nacionalmente, vinhos, azeites e cafés.

Os roteiros foram divididos em cinco, começando pelo “Território dos Vinhos”, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo de Sapucaí. Já no roteiro “Sul de Minas” estão cidades mais frias, como Extrema, Gonçalves e Monte Verde. O roteiro da “Serra da Canastra – Mar de Minas” explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita. Em “Espinhaço-Diamantes”, as opções são Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Serro e Lapinha da Serra. Por último, está o roteiro “Estrada Real”, que engloba o Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana de Montes e Tiradentes.

RUMO AO SUL

Seguimos pelo Sul de Minas, região da Camanducacia, no distrito de Monte Verde, com parques, trilhas, cachoeiras, artesanato, chocolate, cerveja, cachaça e charmosos hotéis e restaurantes com vista para as montanhas.

O casal Keila Ribeiro Prado Roza, 31 anos, analista financeira, e Fábio Henrique Malkomes Roza, 35 anos, engenheiro civil, veio de São Paulo a passeio para Monte Verde. Ambos aproveitaram para fazer uma visita à escola de Falcoaria – que fica no alto da montanha, e ainda, para dar um passeio de quadriciclo pela trilha.

O casal Keila Ribeiro Prado Roza, 31 anos, analista financeira, e Fábio Henrique Malkomes Roza, 35 anos, engenheiro civil, veio de São Paulo a passeio para Monte Verde.

“Escolhemos Monte Verde por indicação de alguns amigos que foram passar a lua de mel e amaram a cidade. Por ter ido só o final de semana, não tivemos tempo para fazer os outros passeios que a cidade conta, mas voltaremos. Nós amamos Minas por conta do clima e a relação de proximidade com a natureza. Já havíamos ido para Poços de Caldas, Passos e Extrema”, contou Keila.

Para quem sai de São Paulo, por exemplo, o tempo de viagem é de um pouco mais de uma hora, já que a região faz fronteira com o Estado. E, segundo Keila, esse seria um dos motivos para que ela e o marido optarem ir para Monte Verde. “Por não ser tão longe da nossa cidade, sempre que podemos optamos por conhecer alguma cidade no Sul de Minas. Monte Verde foi uma opção adorável. Adoramos o clima frio, que torna a cidade mais bonita e romântica, a comida local, com os queijos, doces e vinhos. As pessoas são extremamente simpáticas e acolhedoras”.

Já na cidade de Extrema, a pedida é uma visita ao Parque Municipal Cachoeira do Jaguari – que tem uma linda vista para a cachoeira, playground e trilhas. E o parque ainda abriga uma cervejaria, que serve, além da cerveja artesanal, várias opções do cardápio mineiro. Para quem preferir, tem opção de trilhas ecológicas também.

“A rota do Cicloturismo são três, a Rota Marrom passa por sete municípios, tem 185 km, toda estruturada, sinalizada e passa o Caminho da Fé, que tem esse apelo do peregrino, do caminhar dessa força que a terra dá para continuar o caminho até Aparecida, que foi a nossa rota piloto. Depois nós temos também a Rota Azul, que é o fascínio do céu, são as cidades mais altas, a maior altimetria”, explica José Augusto gestor e turismólogo do circuito Serra Verde do Sul de Minas.

Já em Gonçalves, o destaque é a fábrica de cogumelos, assim como ir experimentar a tradicional cachaça no alambique Três Barras e a cerveja artesanal 3 Orelhas. Por lá, ainda está localizado o restaurante Sabor Sem Freio, do chef Danilo Costa, que participou do Master Chef Brasil, em 2023, e também dá destaque à culinária mineira.

Monte Verde, como já citado, tem entre os seus atrativos a escola de falcoaria

Monte Verde, como já citado, tem entre os seus atrativos a escola de falcoaria – também com um trabalho muito importante de conscientização ambiental e respeito às aves, no projeto de reabilitação de animais resgatados de maus-tratos e cativeiros. Ela está a 1.550 metros acima do nível do mar e possui clima tropical de altitude, que predomina nas regiões mais elevadas da Serra da Mantiqueira. Por isso, os verões são chuvosos e com temperaturas amenas, bem como invernos secos e rigorosos – as mínimas podem chegar a -4°C e máxima de 25°C no verão.

*A jornalista viajou a convite do Governo de Minas Gerais, por meio de sua Secretaria de Turismo.