Diário no Qatar

VENCER OU VENCER! Brasil energizado encara veteranos croatas

Seleção vai às quartas jogando 135 minutos a menos que veteranos da Croácia. FOTO: LUCAS FIGUEIREDO/CBF
Seleção vai às quartas jogando 135 minutos a menos que veteranos da Croácia. FOTO: LUCAS FIGUEIREDO/CBF

Gabriel Carneiro, Igor Siqueira, Danilo Lavieri e Pedro Lopes/UOL/Folhapress

A seleção brasileira terá o fator físico a seu favor para o jogo contra a Croácia, pelas quartas de final da Copa do Mundo 2022. Na partida desta sexta-feira (9), o time principal do Brasil terá uma bagagem de 135 minutos minutos em campo a menos do que o adversário, fruto do casamento entre a estratégia de ter poupado os titulares contra Camarões, no terceiro jogo da fase de grupos, e o fato de os croatas terem se classificado somente nos pênaltis diante do Japão, nas oitavas de final.

Os dados da Fifa apontam que a Croácia esteve em campo por 434 minutos nesta Copa, considerando os acréscimos das quatro partidas feitas até agora e a prorrogação. O técnico do time europeu, Zlatko Dalic, não conseguiu poupar seu time na primeira fase, já que os croatas só se classificaram em sua terceira partida.

A minutagem geral do time principal do Brasil, levando em conta as duas primeiras partidas da fase de grupos e o duelo com a Coreia do Sul pelas oitavas, bateu 299 minutos. Se o técnico Tite não tivesse poupado o Brasil contra os camaroneses, a diferença seria de 30 minutos – a duração protocolar da prorrogação -, já que o jogo diante de Camarões teve, ao todo, 15 minutos de acréscimos.

O tempo de jogo nesta Copa do Mundo do Qatar está maior porque os árbitros receberam a orientação da comissão de arbitragem da Fifa de não economizarem nos acréscimos.

Para os jogadores do Brasil, foi importante guardar energias para as fases mais agudas da Copa atual. Mas é preciso ir além do tempo em campo para bater a Croácia.

“A distância da fase de grupos para oitavas é curta. Mas até sexta tem tempo hábil para recuperar. Esses 30 minutos de alguma forma podem nos favorecer, mas acho que não fará muita diferença. Temos que entrar com a mesma atitude de hoje [segunda-feira (5)], com coragem, mostrando futebol alegre e para frente, sem deixar lá atrás desguarnecido”, avaliou o zagueiro e capitão do Brasil, Thiago Silva.

BALANÇO POSITIVO

A análise do grupo comandado por Tite é que esse contexto de economia de pernas na primeira fase até colaborou para a construção do placar de 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, na segunda-feira (5), pelas oitavas de final.

“Muita gente criticou o professor por poupar, mas muitos não entendem isso. É uma competição pesada e a gente mostrou essa intensidade alta de novo porque a gente foi poupado. Muitos criticam ele, agora é hora de elogiar um pouco”, disse o atacante Richarlison, autor de um dos gols do Brasil diante dos coreanos.