GABRIEL CARNEIRO, IGOR SIQUIRA, DANILO LAVIERI E PEDRO LOPES
SÃO PAULO, SP (UOL – FOLHPRESS)
Alisson tinha sido um espectador de luxo nos dois primeiros jogos que fez na Copa do Mundo. Mas o goleiro da seleção brasileira mostrou diante da Coreia do Sul porque é um dos gigantes da posição na atualidade -mesmo tomando um gol na vitória do Brasil por 4 a 1 pelas oitavas de final, nesta segunda-feira (5), no Estádio 974.
Curiosamente no jogo de maior produtividade ofensiva da equipe de Tite, o camisa 1 do Brasil trabalhou, efetivamente, pela primeira vez. E de forma crucial para evitar um placar mais apertado, que poderia ser até surpreendente.
Foram três defesas relativamente complicadas ao longo da partida, uma no primeiro tempo e duas no segundo. O repertório das intervenções de Alisson foi diversificado.
Na primeira, um voo em um chute de longe, mas bem colocado por Hwang Heechan. O goleiro esticou-se sem ser espalhafatoso e deu um tapinha suficiente para mandar a bola por cima.
A jogada foi um hiato de perigo levado pela Coreia em um primeiro tempo no qual o Brasil abriu 4 a 0 -embora tenha permitido três finalizações coreanas no alvo. Nos dois primeiros jogos da Copa, essa estatística ficou em zero.
Na etapa final, o trabalho foi mais intenso para Alisson. No primeiro minuto, Son conseguiu se desgarrar de Marquinhos. A finalização colocada morreria no gol se não fosse o ombro de Alisson desviando a bola para escanteio. A reação do goleiro de sair rapidamente do gol para fechar o ângulo do atacante foi crucial.
Alisson ainda faria mais uma defesa difícil.
Quando a defesa brasileira permitiu que um cruzamento coreano ganhasse vida na área, Hwang conseguiu finalizar a curta distância para o gol, mas o camisa 1 alcançou a bola com a mão direita, aos 22 minutos da etapa final.
O que Alisson não conseguiu fazer foi impedir que o chute de Paik Seung-Ho entrase, aos 30 minutos do segundo tempo. Foi o gol de honra coreano. O goleiro estava encoberto, após a defesa brasileira não pressionar devidamente a entrada da área, após afastar cruzamento.
A saideira de Alisson no jogo foi defendendo um chute de Cho Gue-Sung, mas a jogada estava parada porque o assistente marcou impedimento.
O dia foi tão incomum para Alisson nesta Copa que ele ainda foi substituído aos 35 minutos do segundo tempo, dando lugar a Weverton. Tite, então, colocou os três goleiros que convocou em ação.
Agora, espera-se que Alisson trabalhe menos para que o Brasil não passe sufoco nas quartas de final, contra a Croácia, na próxima sexta-feira.