'MAIOR QUE SALOMÃO'

Marçal diz que não paga dízimo e ironiza rei Salomão

O empresário Pablo Marçal (PRTB) viu seu apoio entre os evangélicos estagnar na última pesquisa Datafolha

O ex-coach disse ainda que o problema de Bolsonaro não é com ele, mas com o Supremo Tribunal Federal (STF), e que torce por um resultado favorável a ele.
O ex-coach disse ainda que o problema de Bolsonaro não é com ele, mas com o Supremo Tribunal Federal (STF), e que torce por um resultado favorável a ele.

O empresário Pablo Marçal (PRTB) viu seu apoio entre os evangélicos estagnar na última pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira. Um dos motivos seriam dois vídeos que estão circulando na rede social Discord, nos quais o ex-coach prega contra o dízimo e ironiza o rei Salomão, uma das figuras centrais da Bíblia.

Como mostrou o colunista Lauro Jardim, em um dos vídeos, de 2m37s de duração, intitulado “Marçal ensina a prosperar: não dê dízimo”, o ex-coach fala a uma plateia:

– Eu tinha uma crença terrível que dizia “se eu não der o dízimo, eu não prospero”. Humm… Eu não queria mexer com isso aqui, mas vou falar. Cheguei no Criador e falei pra ele: “eu quero perder tudo se eu tiver errado nisso aqui. Eu não vou dar o dízimo mais”. Dei um passo, não dei. Dei dois passos, não dei. Você sabe porque as pessoas não prosperam? Mesmo dando o dízimo? Crença errada. Nunca mais vou dar dízimo, nem a pau. Dízimo nunca mais.

No segundo vídeo, de 1m55s, Marçal ironiza o rei Salomão:

– Você está de brincadeira. Salomão escreveu três livros; eu escrevi 45. Salomão teve mil mulheres e não encontrou o amor da vida dele. Salomão nunca teve a atenção de 50 milhões de pessoas. Salomão era um neném. Salomão passou aqui na Terra há três mil anos e você até hoje está pagando pau para cara que passou há três mil anos.

Os vídeos estão sendo muito acessados no Discord, de acordo com monitoramento que a Quaest faz das redes sociais. Segundo o Datafolha, Marçal oscilou negativamente um ponto, de 30% para 29% entre os evangélicos.

Nesse segmento, a rejeição ao candidato do PRTB oscilou dois pontos para cima, dentro da margem de erro, e continua abaixo do cenário geral, com 24% que o repelem. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), contudo, viu sua intenção de voto crescer cinco pontos entre os fiéis.

Já os católicos passaram a rejeitar Marçal de forma mais acentuada: subiram seis pontos, e 38% se dizem avessos a ele.

(AG)