PREPARATIVOS

Mais de 4.500 urnas eletrônicas serão utilizadas na Grande Belém

Nesta segunda-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) deu início a Cerimônia de Preparação das Urnas que serão distribuídas nas Zonas Eleitorais (ZE) da Região Metropolitana de Belém

Mais de 4.500 urnas eletrônicas serão utilizadas na Grande Belém Mais de 4.500 urnas eletrônicas serão utilizadas na Grande Belém Mais de 4.500 urnas eletrônicas serão utilizadas na Grande Belém Mais de 4.500 urnas eletrônicas serão utilizadas na Grande Belém
  Fotos: Celso Rodrigues/Diário do Pará
Fotos: Celso Rodrigues/Diário do Pará

A contagem regressiva para as Eleições Municipais de 2024 já começou, e com ela, um dos momentos cruciais para a segurança e transparência do pleito: a preparação das urnas eletrônicas. Nesta segunda-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) deu início a Cerimônia de Preparação das Urnas que serão distribuídas nas Zonas Eleitorais (ZE) da Região Metropolitana de Belém (RMB), tendo a 28 de Belém e 107 de Ananindeua como precursoras do procedimento. 

Ao todo, são 4.530 urnas na RMB. O Processo de Configuração das Urnas na RMB deve ser finalizado até 30 de setembro, e a preparação aborda Belém – mais o Distrito de Icoaraci –, Ananindeua e Benevides. Em Ananindeua, por exemplo, são 3 Zonas – e a 107ª é uma delas, sendo 342 urnas só nesta Zona –. Em Belém, que contém 9 Zonas totais e mais 1 correspondente ao Distrito de Icoaraci, apenas na 28ª ZE são 255 urnas e mais 12 urnas de contingência. 

A diretora-geral do TRE-PA, Nathalie Castro, explica que o procedimento envolve várias etapas essenciais.

“Estamos a pouco menos de 15 dias das eleições, e as urnas já começam a receber os dados de candidaturas, seções eleitorais e eleitores. Todo esse processo de preparação é transparente e seguro, podendo ser acompanhado por qualquer cidadão, candidato ou representante de partidos políticos”, destaca. 

Nathalie lembra, ainda, da importância da conferência dos dados pelo próprio eleitor, mesmo que o cadastro eleitoral tenha sido fechado no dia 8 de maio. “Se você não está regularizado, não pode mais votar nessas eleições. O que pode é tirar segunda via, pagar multa, e isso não impede de que o eleitor possa votar. Orientamos que, até a véspera da eleição, os eleitores verifiquem se sua foto e biometria estão cadastradas no aplicativo e-Título”, pontua. Caso os dados não estejam, é necessário levar um documento oficial com foto no dia da votação. “Deixar tudo pronto e no dia da votação, chegar cedo votar e garantir que exerça a cidadania”, complementa.

O quantitativo do eleitorado paraense, dentre os principais, é seguido pelo urbano, responsável por 77% dos eleitores, o que equivale a 4.803.511; respectivamente, o rural, 16% (990.911), e o ribeirinho, 6% (393.610). A logística para o transporte das urnas até as zonas ribeirinhas também já foi planejada, especialmente em áreas afetadas pela seca, como a região oeste do estado. “Trocamos os barcos maiores por embarcações menores para garantir que as urnas cheguem a todas as localidades de difícil acesso”, explica Nathalie, ressaltando o cuidado com essas áreas.

Felipe Brito, secretário de Tecnologia da Informação do TRE-PA, detalhou o processo técnico de preparação das urnas. Segundo ele, após a inserção dos dados oficiais por meio da chamada Mídia de Carga, as urnas passam por uma série de testes rigorosos para garantir o pleno funcionamento no dia da votação. “Testamos o teclado, impressora, terminais, telas, bipes, bateria e fonte de alimentação. Só depois desses testes é que a urna pode ser lacrada e preparada para a seção eleitoral”, detalhou. Caso alguma falha seja detectada durante os testes, a urna é substituída imediatamente.

“No dia da eleição, também temos urnas de contingência, que são usadas em caso de necessidade. São urnas que não têm dados nenhum, como se estivessem vazias, e também estão lacradas; havendo uma intercorrência no dia de eleição, elas servem como substituição”, acrescentou.

Segundo Felipe, a adoção de um novo modelo de urna eletrônica, que já foi utilizado em Belém nas últimas eleições, continua a ser uma inovação, já que agora deve ser implementada em quase todo o Estado do Pará. “Esse novo modelo possui uma tela maior, bateria de longa duração e mais acessibilidade e vai garantir uma votação mais segura. E, também, dentro do software são feitas muitas evoluções, principalmente no que diz respeito à segurança, então tem mais níveis de assinatura e de criptografia para evitar que qualquer tipo de violação aconteça”, disse.

O juiz eleitoral Adriano Seduvim, responsável pela 28ª Zona Eleitoral de Belém, também acompanha de perto o processo de preparação. Na 28ª Zona Eleitoral, são 255 urnas distribuídas em 266 seções eleitorais, além de 12 urnas de contingência. “Inserimos os dados de candidatos e eleitores de todas as seções eleitorais e, ao final, fazemos uma simulação de votação em algumas urnas selecionadas aleatoriamente para verificar se tudo está funcionando corretamente. Esse procedimento assegura a transparência do processo, já que os lacres das urnas são assinados por mim, pelo promotor eleitoral e pelas autoridades presentes”, afirmou. 

Em meio a um cenário de expectativas, tanto eleitores quanto os candidatos filiados aos partidos políticos podem acompanhar de perto essa preparação, já que o processo é aberto e público, no Núcleo Gestor de Urnas Eletrônicas – localizado na Travessa We 13-B (Cidade Nova II), no bairro Coqueiro, em Ananindeua.