ANÁLISE

Edmilson Rodrigues (Psol) é o 1º prefeito de Belém a não se reeleger

Edmilson Rodrigues (Psol) é o 1º prefeito de Belém a não se reeleger

Edmilson Rodrigues (Psol) é o 1º prefeito de Belém a não se reeleger
Edmilson Rodrigues (Psol) é o 1º prefeito de Belém a não se reeleger

Os prefeitos bem avaliados pelos eleitores costumam ser reeleitos ou fazer o seu sucessor quando não podem mais se candidatar. Essa máxima do mundo político mostrou prefeitos bem avaliados eleitos em várias capitais como Salvador, Recife, entre outros. Em Belém, Edmilson Rodrigues do Psol recebeu pouco mais de 78 mil votos, 9,78% dos votos válidos. Com rejeição que chegou a atingir 88% no ranking de popularidade de prefeitos de capitais, Edmilson Rodrigues figurou como o mais mal avaliado do Brasil.

Na última pesquisa Acertar, a rejeição do atual prefeito chegou a 67%. Para coroar o desempenho ruim, é o primeiro prefeito que está no cargo em Belém e não consegue se reeleger. Ele próprio conseguiu chegar a dois mandatos de 1997 a 2004. Depois, veio Duciomar Costa (2005 a 2012) e na sequência Zenaldo Coutinho (2013 a 2020).

Exemplos de prefeitos que fizeram boas gestões e que, em razão do trabalho, conquistaram eleitores de todas as direções políticas, é João Campos (PSD), reeleito com 78.11% dos votos válidos em Recife. Bruno Reis (União) com mais de 79% dos votos foi reeleito em Salvador, assim como Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro.

Nessas eleições, todos os 20 prefeitos de capitais que podiam tentar um segundo mandato concorreram à reeleição. Nessas eleições, o de reeleição chegou próximo a 70% entre os prefeitos de capitais, e atingiu o maior da história desde 2008.

Historicamente, a régua que mede o desempenho dos chefes do Executivo municipal é sempre mais alta, revela a empresa de consultoria Arko Advice. Na ponta para a entrega de serviços públicos relacionados à educação, saúde e infraestrutura regional, os prefeitos sempre tiveram maior dificuldade em serem reconduzidos do que governadores e presidentes.

Um dos principais motivos são os índices de aprovação da maioria dos mandatários, que alcançam uma média de 60%. O instituto especializado em pesquisas de opinião pública Ipsos Public Affairs indicou, na última semana da campanha política, que, dos 20 candidatos à reeleição nas capitais, apenas cinco pontuavam abaixo de 40% — o limite no qual os titulares geralmente não conseguem ser reeleitos. Entre eles o prefeito Edmilson Rodrigues.

O mesmo instituto previu a não reeleição do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) que ficou fora do segundo turno. O mesmo destino teve Rogério Cruz, de Goiânia, e João Pessoa Leal, de Teresina. Sebastião Melo, de Porto Alegre, foi o único que conseguiu passar para o segundo turno, segundo a previsão do instituto.