ANÁLISE

Debate em Belém tem Edmilson como alvo, provocações e propostas; veja como foi

Seis candidatos à prefeitura de Belém tiveram a oportunidade de mostrar suas ideias e propostas por cerca de 3h durante o debate promovido pela TV Liberal na noite de ontem, o último antes das eleições de domingo.

Os candidatos à Prefeitura de Belém participaram do debate na TV Liberal. Foto: TV LIberal/reprodução
Os candidatos à Prefeitura de Belém participaram do debate na TV Liberal. Foto: TV LIberal/reprodução

Seis candidatos à prefeitura de Belém tiveram a oportunidade de mostrar suas ideias e propostas por cerca de 3h durante o debate promovido pela TV Liberal na noite de ontem, o último antes das eleições de domingo: Igor Normando (MDB), Éder Mauro (PL), Edmilson Rodrigues (Psol), Jeferson Lima (Podemos), Thiago Araújo (Republicanos) e Everaldo Eguchi (PRTB).

Além de mostrarem propostas e falarem sobre diversos temas, os candidatos trocaram muitas acusações, fizeram provocações e elegeram um alvo principal em quase todas as intervenções: o candidato à reeleição Edmilson Rodrigues e sua gestão frente à prefeitura Municipal de Belém.

Edmilson aparentou estar nervoso e indeciso em algumas ocasiões e raramente respeitou o tempo para fazer perguntas, dar respostas e fazer réplicas e tréplicas: quase sempre estourava o tempo, não conseguindo completar seu raciocínio. O debate foi tranquilo com candidatos respeitando os tempos e pedindo poucos direitos de resposta. Foram 2 no total, mas todos negados.

PRIMEIRO BLOCO

No primeiro bloco, ao perguntar a Edmilson Rodrigues sobre suas propostas para a segurança pública na capital, Eguchi afirmou que a atual administração municipal não dá segurança à população e que o prefeito dá pouco valor à Guarda. Em sua defesa, o prefeito citou seu programa de iluminação pública nas ruas e de uma suposta frota de “carros rosa” para proteger mulheres contra a violência urbana.

Num debate com Eguchi sobre o legado da COP 30 para as áreas mais carentes da cidade, Igor Normando afirmou que o evento do clima funcionará como uma “virada de chave” para Belém e que fará as obras acontecerem para o evento. “O atual prefeito tem sido negligente com as obras para o evento, Estão todas atrasadas!”, criticou o emedebista,

SEGUNDO BLOCO

O lixo dominou o segundo bloco do debate, que tinha temas determinados. Jeferson Lima afirmou que Belém virou um “lixão à céu aberto” e Eder Mauro citou a dívida “astronômica” da prefeitura com as antigas prestadoras de serviço da prefeitura e a saturação do Aterro Sanitário de Itaituba.

Ao responder uma pergunta de Eder Mauro sobre a COP 30, Igor disse que as obras para o evento têm recursos estaduais, federais e municipais e que “a população é a verdadeira dona da COP 30” e não políticos, lembrando que o deputado federal do PL deu entrevistas afirmando ser contra a realização do evento em Belém.

TERCEIRO BLOCO

No terceiro bloco, com tema livre, houve um dos momentos mais tensos do debate: Ao fazer uma pergunta para Igor Normando, Edmilson o acusou de ter votado contra o ar-condicionado nos ônibus em 2017. Normando acusou o psolista de deturpar a verdade e que jamais votaria num projeto que aumentaria a tarifa e prejudicaria a população, lembrando que foi nos dois primeiros governos de Edmilson onde as tarifas de ônibus mais aumentaram.

Normando disse ainda que que o atual prefeito, “além e faltar com a verdade, era covarde”, lembrando que o governador Helder Barbalho ajudou na sua gestão por mais de 3 anos, inclusive emprestando R$ 30 milhões para que a prefeitura de Belém pudesse pagar a folha dos funcionários da saúde, aconselhando que o prefeito não “jogasse pedras” em cima de quem tanto lhe ajudou

QUARTO BLOCO

No quarto e último bloco, com temas alternados, ao responder uma provocação de Thiago Araújo sobre quem realmente governaria Belém, Igor Normando falou sobre a honra e satisfação em ser parceiro do governador Helder Barbalho e de ter comandado por um ano e meio as Usinas da Paz, quintuplicando o número de atendimentos, que passou e 700 mil para 3,5 milhões de pessoas em todo o Estado.

O emedebista afirmou não lhe faltar experiência em gestão e nem sensibilidade social e que quem governar Belém a partir de primeiro de janeiro do ano que vem seria ele e mais ninguém.