Dr. Responde

VSR continua com alta incidência em crianças, segundo boletim da Fiocruz

A mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas ainda está alta devido à grande circulação do vírus sincicial respiratório (VSR).

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A circulação do VSR (vírus sincicial respiratório) segue com alta incidência e mortalidade entre as crianças, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (4). O informe chama atenção também para o rinovírus.
A partir de análise feita com base dos dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe), o estudo mostrou que os vírus VSR e rinovírus mantêm crescimento em Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Já os maiores números de hospitalizações foram registrados em Amapá, Ceará e Roraima.
Dada a alta de casos virais devido às quedas de temperaturas, que favorece o aumento de infecções respiratórias, o mesmo documento da Fiocruz alertou ainda para um maior número de casos de Covid em estados como Ceará e Piauí, além do vírus como principal causador de internações de idosos por SRAG (síndrome respiratória aguda grave).
Nas últimas quatro semanas, segundo o boletim, as maiores prevalências de casos positivos virais foram de 43,8% para VSR, 21,5% para influenza A, 6,9% para Covid-19 e 0,8% para influenza B. Já em relação aos óbitos registrados no mesmo período, infleunza A, VSR, Covid e influenza B tiveram maior preponderância, respectivamente.
O vírus sincicial tem uma maior prevalência em crianças menores de dois anos de idade e é responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias nos pequenos, segundo especialistas.
Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo são os estados que mais apresentam aumento de SRAG em longo prazo.
Neste ano, 43.334 casos foram positivados para algum tipo de SRAG e 3.057 óbitos foram registrados pela síndrome em todo o Brasil –desses, 57,% foram em decorrência de Covid-19 e 27,2% por influenza A.