Com a chegada do verão amazônico, caracterizado por altas temperaturas e forte radiação solar, os cuidados com a pele precisam ser intensificados. A combinação de calor intenso, umidade elevada e sol forte coloca a população da região Norte em situação de maior risco para doenças relacionadas à exposição solar, especialmente o câncer de pele.
O médico dermatologista e professor da Afya Educação Médica Belém, Orlando Farias, explica que a posição geográfica do Pará, próxima à linha do Equador, faz com que os índices de radiação ultravioleta (UV) sejam mais altos do que em outras partes do Brasil. “O uso diário do protetor solar é fundamental. Mesmo em dias nublados ou durante atividades rotineiras, como caminhar ou dirigir, a pele está exposta aos raios UV, que acumulam danos com o tempo”, afirma o médico.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. No entanto, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%.
Autocuidado em alta
Além do protetor solar, os especialistas recomendam medidas simples que podem evitar uma exposição excessiva ao sol, como o uso de chapéus, óculos de sol com proteção UV, roupas de manga longa e ingestão adequada de água para manter a pele hidratada. Também é essencial evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que os raios são mais agressivos. Outro alerta importante é que apesar dos avanços no acesso à informação, ainda há muitos mitos em torno do câncer de pele e de formas alternativas de tratamento. “Câncer é coisa séria e deve ser tratado com responsabilidade. Informação de qualidade é parte essencial da prevenção e buscar o atendimento médico especializado precocemente faz toda a diferença no tratamento contra o câncer”, enfatiza o dermatologista.