SAÚDE

Vacina gripe 2025: quem pode receber a proteção no SUS?

No Norte, devido ao inverno amazônico, que leva à circulação do vírus mais cedo que nas demais regiões, a imunização teve início ainda em setembro do ano passado.

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FOTO: Marcelo Seabra/Agência Pará
FOTO: Marcelo Seabra/Agência Pará

O Brasil deu início, nesta segunda-feira, à campanha de vacinação contra a gripe de 2025. A meta do Ministério da Saúde é alcançar pelo menos 90% dos grupos prioritários, que têm um público-alvo estimado de 81,6 milhões de pessoas. Para isso, foram adquiridas 73,6 milhões de doses do Instituto Butantan, com um investimento de R$ 1,3 bilhão.

A etapa da campanha que começou nesta semana é direcionada aos 20 estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste. No Norte, devido ao inverno amazônico, que leva à circulação do vírus mais cedo que nas demais regiões, a imunização teve início ainda em setembro do ano passado.

De acordo com a pasta da Saúde, a vacina consegue evitar entre 60% e 70% dos casos graves e óbitos pela gripe. O imunizante é trivalente, conferindo proteção contra três cepas do vírus Influenza ? H1N1, H3N2 e tipo B.

A dose é única e aplicada anualmente após ser atualizada para as cepas mais prevalentes daquele período. A exceção são as crianças que vão receber a vacina pela primeira vez. Nesse caso, são necessárias duas doses, com um intervalo de 30 dias entre elas. A vacina também pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes, como o da Covid-19.

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente entre 5% e 10% da população mundial é infectada pelo Influenza, e até 650 mil pessoas morrem. No Brasil, em 2023, cerca de 8,6 mil pessoas desenvolveram síndrome gripal grave, que demanda internação, devido ao Influenza, segundo dados do ministério.

Quem pode se vacinar contra a gripe?

Podem buscar os postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) para receber a proteção:

Crianças entre 6 meses e 5 anos;

Gestantes;

Idosos a partir de 60 anos;

Trabalhadores da Saúde;

Puérperas;

Professores dos ensinos básico e superior;

Povos indígenas;

Pessoas em situação de rua;

Profissionais das forças de segurança e de salvamento;

Profissionais das Forças Armadas;

Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

Pessoas com deficiência permanente;

Caminhoneiros;

Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

Trabalhadores portuários

Funcionários do sistema de privação de liberdade;

População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A meta de alcançar 90% é válida apenas para os grupos que têm a dose contra a gripe incluída no calendário de rotina: crianças, gestantes e idosos. O objetivo engloba um total de 50 milhões de brasileiros. Para os demais grupos, a vacinação é considerada especial, ou seja, não está no calendário.

Ao longo da campanha, municípios que tiverem doses sobrando também podem estender a vacinação para pessoas de fora dos grupos mencionados acima. Além disso, aqueles que desejarem podem adquirir a vacina na rede privada. A diferença em relação à oferecida no SUS é que a comercializada nos laboratórios do país é tetravalente, ou seja, contempla uma cepa a mais do vírus.

Durante o evento de lançamento da campanha de vacinação, nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin foram imunizados. Na ocasião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que “entre as coisas mais importantes para salvar a vida de uma pessoa está o cuidado adequado com a saúde e a vacinação”.

Fonte: Jornal O Globo