O infarto agudo do miocárdio é a maior causa de mortes no Brasil. A partir de dados do Ministério da Saúde, estima-se que ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais e que a cada 5 a 7 casos venham a óbito.
Por ser referência cardiológica, a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), atende, diariamente, pessoas que sofreram um quadro de infarto e buscam tratamento. Apenas em 2023, entre os meses de janeiro a março, 2.739 pacientes passaram por atendimento cardiológico no ambulatório da instituição.
Para o médico cardiologista Helder Reis, que atua no setor de Unidade Coronariana (UCA) do HC, a doença pode interromper o fluxo sanguíneo no coração de forma súbita e intensa. “Os vasos coronarianos são aqueles que alimentam o coração. Quando existe uma obstrução total desses vasos, o órgão começa a falhar e ocorre o que chamamos de infarto”, ressaltou o especialista.
A dor torácica é uma das principais manifestações clínicas durante um infarto. “Quando isso acontece, a pessoa pode sentir uma dor no peito com intensidade forte e que pode irradiar para outras partes do corpo, além de crises de sudorese. É fundamental que a pessoa, ao suspeitar de um infarto, procure imediatamente um atendimento médico. A partir dessa triagem, ele poderá ser avaliado por especialistas e realizará os exames necessários para confirmar o quadro de infarto”, acrescentou o especialista.
Tratamento
O tratamento do infarto deve ser feito em um hospital e pode incluir o uso de medicamentos para melhorar a circulação sanguínea e procedimentos cirúrgicos para restabelecer a passagem de sangue para o coração.
“Para a desobstrução das artérias, será necessário uma angioplastia primária, que é o tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias por meio de um cateter balão, com o objetivo de recuperar o fluxo do sangue para o coração. Após essa obstrução da artéria coronária, procede-se ao implante de uma prótese endovascular, conhecida como ‘stent’, que é um pequeno tubo de metal utilizado para manter a artéria aberta”, ponderou Helder Reis.
Formas de prevenção
De acordo com o cardiologista, existem fatores de risco para o infarto. “A diabetes, sedentarismo e colesterol alto são fatores de risco para o infarto. Por isso, é fundamental que todos façam o controle desses fatores de risco como controlando o açúcar, realizando atividades físicas, interromper o tabagismo e o controle da hipertensão e diabetes, além de manter os exames de rotina em dia”, destacou.
Fonte: Ag. Pará