A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) introduziu a terapia de redinha, também chamada de método Hammock, na UTI-Neo e na UCI-Neo, para apoio à reabilitação de recém-nascidos prematuros e com malformações neurológicas.
A técnica, que recria o aconchego do útero materno, oferece estímulos multissensoriais benéficos ao desenvolvimento neuromotor e sensorial dos bebês. Destaca-se também seu efeito na redução do estresse e na estabilização dos sinais vitais, aliados ao método canguru.
A fisioterapeuta Aureni Araújo afirma que, desde 2021, a adoção do Hammock tem promovido ganhos importantes em crianças com desordens neurológicas. “Unimos esse método à nossa realidade e vimos resultados”, disse ela.
A gerente de neonatologia, Salma Saraty, explica que as redes promovem conforto, desenvolvimento de sensibilidade ao toque e integração vestibular – fundamentais para bebês que nasceram antes da hora. “É semelhante ao ninho usado há muito tempo… faz a criança se sentir ainda dentro do útero da mãe”.
As redes são produzidas internamente com tecidos reutilizados e, até agosto, a Santa Casa pretende consolidar um protocolo para institucionalizar a prática em UTIs, UCIs e na Unidade Canguru.
Referência na região Norte, a Santa Casa do Pará conta com 62 leitos de UTI neonatal, 62 de UCI e 20 leitos de UCI Canguru. A terapia com redinha reforça o compromisso da instituição com a humanização e qualidade no atendimento a recém-nascidos em situações críticas.