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Sistema Nacional avalia implantação do transplante de medula óssea no HOL

Equipe técnica do Ministério da Saúde inspecionou o atendimento às exigências técnicas necessárias ao credenciamento. Foto: Rafael Diniz
Equipe técnica do Ministério da Saúde inspecionou o atendimento às exigências técnicas necessárias ao credenciamento. Foto: Rafael Diniz
Referência no tratamento das doenças hematológicas malignas, o Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, recebeu, nesta terça-feira (18), os membros do Sistema Nacional de Transplante (SNT).
A visita teve como objetivo analisar se o hospital atende aos requisitos técnicos para realizar o transplante de medula óssea. A equipe técnica verificou a estrutura física, equipamentos, equipe técnica e demais aspectos de funcionamento do serviço de Oncohematologia da instituição.

“O Hospital já realiza transplantes de rim e córnea, e pretende beneficiar pacientes portadores de leucemia, linfomas e mielomas com o credenciamento do novo procedimento. Cerca de 90% da demanda oncohematológica do Pará é assistida pelo HOL e são pacientes acometidos por doenças graves das células sanguíneas. Em razão desse fato, não temos medido esforços para facilitar a realização do transplante de medula óssea, a fim de evitar que nossos pacientes precisem se deslocar para outros centros transplantadores do país”, destacou a diretora-geral do HOL, Ivete Vaz.

 
Segundo o especialista Thiago Carneiro, que será responsável pelo serviço de Transplante de Medula Óssea, a instituição vem se preparando há anos para se adequar aos critérios exigidos pelo Ministério da Saúde, inclusive com melhorias de fluxos de atendimento e ajustes de protocolos, e obteve parecer favorável do SNT em visitas anteriores.

“A nossa equipe transplantadora será composta pelo responsável técnico, dois médicos e uma enfermeira treinada fora do Estado. Todos têm conhecimento técnico elevado para a realização desse procedimento. Em se tratando de estrutura física, o hospital dispõe de uma clínica de oncohemtologia bem estruturada, com equipe multidisciplinar especializada e 16 leitos de internação, que assiste os pacientes acometidos por enfermidades com indicação ao transplante. Hoje, não existe fila de espera para internação em nossa especialidade”, ressaltou o especialista.

 Thiago Carneiro destacou também o serviço de quimioterapia, o laboratório de biologia molecular e a parceria com a Fundação Hemopa, que possui estrutura de coleta e congelamento de células-tronco.
Assim como, o Hospital Dia Hematológico – regime intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial – que permitirá que o transplantado esteja próximo do centro transplantador, mesmo depois da alta, para receber direcionamento clínico, realizar exames, tratamento medicamentoso específico e retornar para a casa. O hospital também criou a primeira Residência Médica em Hematologia e Hemoterapia do Norte do Brasil.

Após o credenciamento, o hospital dará início à primeira fase do projeto com a realização do transplante autólogo, ou seja, transplante de células-tronco, fundamental para o tratamento de linfoma e mieloma múltiplo. “Esse método é realizado com a coleta da medula do próprio paciente, de onde serão retiradas as células por meio de aférese para serem congeladas e devolvidas na medula no dia do transplante. Na segunda etapa, trataremos leucemias com o transplante  alogênico, que ocorre com a doação de uma medula saudável para o enfermo”, esclareceu o oncologista.

Caso haja análise favorável e atendimento a todos os requisitos, a autorização será publicada em portaria do Ministério da Saúde em Diário Oficial da União (DOU).