A síndrome de Fournier, também conhecida como fascite necrótica perineal, é uma infecção grave e rara que afeta os tecidos moles da região genital e do períneo. Embora incomum, sua evolução pode ser rápida e colocar a vida do paciente em risco, especialmente quando associada a condições como diabetes, alcoolismo e desnutrição.
Os primeiros sinais incluem dor intensa, inchaço, vermelhidão, febre e, em alguns casos, odor forte. Se não houver diagnóstico e intervenção imediata, a doença pode evoluir para necrose, atingindo músculos, nervos e artérias. “É uma condição rara, mas extremamente séria. A rapidez no reconhecimento dos sintomas faz toda a diferença”, destaca o clínico João Roberto Resende Fernandes.
O desenvolvimento da infecção geralmente está ligado à entrada de bactérias como Escherichia coli e Streptococcus em feridas, abscessos ou após procedimentos na região urogenital. Além disso, fatores como falta de higiene íntima e até picadas de insetos podem facilitar o surgimento do quadro.
Nos casos mais graves, a infecção pode se espalhar para áreas próximas, comprometendo não apenas os genitais, mas também abdômen e coxas. É justamente essa agressividade que torna a síndrome tão perigosa. “Apesar de rara, a doença exige vigilância. O atraso no diagnóstico aumenta a gravidade e dificulta a recuperação”, reforça o especialista.
Tratamento e Recuperação da Síndrome de Fournier
O tratamento da síndrome de Fournier combina o uso de antibióticos potentes com procedimentos cirúrgicos para remover tecidos comprometidos e evitar a progressão da infecção. Em muitos casos, são necessárias várias cirurgias, seguidas de reconstrução da área afetada. O acompanhamento médico é essencial para prevenir complicações e evitar novas infecções.
Embora seja um desafio para os pacientes e famílias, a boa notícia é que, quando identificada e tratada rapidamente, a síndrome tem cura. “O fundamental é procurar atendimento imediato diante dos sintomas. A medicina dispõe de recursos eficazes para salvar vidas”, conclui o médico.