Entre os dias 2 e 6 de dezembro de 2024, ocorrerá a Semana de Combate às Arboviroses, momento em que o Estado do Pará intensificará as ações de prevenção e combate às arboviroses, doenças transmitidas principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
A iniciativa visa capacitar profissionais de saúde, promover a conscientização da população e fortalecer o controle do vetor responsável pela disseminação de doenças como dengue, chikungunya, zika e outras, como mayaro e oropouche.
As arboviroses mais comuns em áreas urbanas são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No Pará, a dengue, chikungunya e o zika vírus – que pode trazer complicações como microcefalia em recém-nascidos quando a mãe é infectada durante a gravidez -, são as principais doenças em vigilância, com protocolos de manejo clínico já implantados nos hospitais do Estado.
Além dessas doenças urbanas, há também a ameaça de arboviroses silvestres, como a febre amarela, que pode ser transmitida pelo Aedes aegypti em áreas urbanas, embora seu ciclo atual seja predominantemente silvestre.
Monitoramento e ações em saúde
Para fortalecer o controle das doenças, o governo estadual implantou uma série de medidas, incluindo a vigilância ativa e a capacitação de profissionais de saúde. Na Semana de Combate às Arboviroses, serão realizadas atividades de capacitação para médicos e enfermeiros, com foco no diagnóstico diferencial dessas doenças e no manejo clínico adequado.
Além disso, novas ferramentas de monitoramento da vigilância vetorial serão apresentadas, incluindo protocolos de coleta, checagem de casos e orientações sobre como implementar as ações de controle. A programação inclui a realização de rodas de conversa, simulações de controle vetorial e webinários sobre o manejo da dengue em crianças e adultos.
Mobilização da população
Segundo Aline Carneiro, coordenadora estadual de Arboviroses, a conscientização e o engajamento comunitário são fundamentais. Ela destaca a importância de ações simples, como verificar semanalmente pontos de acúmulo de água em caixas d’água, piscinas e outros recipientes. Além disso, é essencial a limpeza de calhas, bebedouros de animais de estimação e o descarte adequado de lixo, a fim de evitar a proliferação do mosquito.
“Cada município tem a responsabilidade de planejar e executar as ações em seus territórios, considerando a realidade local e os focos predominantes identificados nos levantamentos do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti)”, enfatizou a coordenadora.