CUIDADO COM OBJETOS METÁLICOS

Saiba como garantir a segurança em um exame de ressonância magnética

Após a morte de um homem nos Estados Unidos sugado por máquina de ressonância magnética, especialistas reforçam recomendações sobre o que não pode ser levado à sala do exame.

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Foto: Divulgação
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Um grave acidente ocorrido em uma clínica de Nova York nesta semana chamou atenção do mundo e acendeu um alerta importante sobre os riscos do uso incorreto de equipamentos de ressonância magnética. Um homem de 61 anos morreu após ser sugado por uma máquina de ressonância enquanto usava uma corrente de prata com cerca de 10 quilos. O caso ocorreu na clínica Nassau Open MRI, considerada referência no segmento.

Segundo o portal NBC News, o homem não era o paciente, mas acompanhava um parente que realizava o exame. Ao ouvir gritos vindos da sala, ele teria entrado no ambiente sem autorização e portando a corrente de metal no pescoço, sendo violentamente atraído pelo campo magnético da máquina. Ele foi socorrido, mas morreu horas depois no hospital.

O caso, infelizmente, não é isolado. No Brasil, um acidente semelhante já havia sido registrado no litoral de São Paulo. Agora, autoridades e profissionais da saúde alertam: objetos metálicos não devem, sob nenhuma hipótese, ser levados para dentro da sala de ressonância.

Entenda o perigo

A ressonância magnética é um exame de imagem extremamente sensível que utiliza campos magnéticos potentes — cerca de 30 mil vezes mais fortes que o campo magnético da Terra — para gerar imagens detalhadas dos órgãos e tecidos internos do corpo.

Esse magnetismo pode transformar qualquer item metálico em um verdadeiro projétil. Bastam segundos para que correntes, celulares, chaves ou até grampos de cabelo sejam arremessados em alta velocidade em direção ao aparelho, colocando em risco a vida de quem estiver por perto.

O que é proibido levar à sala de ressonância magnética?

De acordo com normas internacionais e diretrizes médicas, é estritamente proibido adentrar a sala do exame com:

  • Correntes, anéis, pulseiras, brincos e piercings
  • Celulares, relógios e cartões magnéticos
  • Chaves, moedas, clipes e grampos de cabelo
  • Prótese dentária ou aparelhos auditivos removíveis
  • Próteses metálicas não compatíveis com ressonância
  • Marcapassos e dispositivos eletrônicos implantáveis

Em muitos hospitais e clínicas, pacientes e acompanhantes passam por uma triagem rigorosa, com uso de detectores de metais e questionários específicos sobre implantes ou cirurgias prévias.

A Importância da Segurança em Ressonâncias Magnéticas

Especialistas alertam para necessidade de conscientização

Para o médico radiologista Dr. Henrique Salgado, do Hospital Santa Luzia, o incidente mostra como é fundamental reforçar a comunicação e segurança nas unidades de diagnóstico por imagem. “A responsabilidade é compartilhada entre a equipe e os pacientes. Mas o poder destrutivo de um campo magnético desse nível exige vigilância total”, explica.

Como se preparar para um exame seguro?

  • Informe sobre implantes, cirurgias ou próteses antes do agendamento
  • Retire todos os objetos metálicos antes de entrar na sala
  • Siga rigorosamente as orientações da equipe técnica
  • Nunca tente abrir a porta da sala durante o exame ou fora do controle do operador

O exame de ressonância magnética é um dos mais importantes e seguros métodos de diagnóstico quando feito de maneira correta. Tragédias como a registrada nos EUA só reforçam a importância de seguir todos os protocolos de segurança à risca, tanto por parte dos pacientes quanto das clínicas.