Dr. Responde

Saiba as diferenças entre remédios de marca, genérico e similar

O medicamento referência ou de marca, é aquele que foi desenvolvido e patenteado por uma empresa farmacêutica. Foto: Divulgação
O medicamento referência ou de marca, é aquele que foi desenvolvido e patenteado por uma empresa farmacêutica. Foto: Divulgação

Wesley Costa

Ao chegar na farmácia para comprar uma medicação, certamente você já pode ter se deparado com a seguinte pergunta: Pode ser genérico ou similar? Isso porque existe uma grande parcela de remédios que podem ser substituídos pelos genéricos.

O farmacêutico e membro do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Pará, Renato Cavalcante, diz que é importante saber diferenciar os tipos antes de levar a composição para casa. “A escolha do medicamento adequado é fundamental para a segurança do paciente. Utilizar um medicamento inadequado pode resultar em efeitos colaterais indesejados, ineficácia no tratamento ou até mesmo riscos à saúde”, afirma.

Mas afinal, qual a diferença entre esses medicamentos? Renato, explica que o medicamento referência ou de marca, é aquele que foi desenvolvido e patenteado por uma empresa farmacêutica.

“Ele passa por rigorosos testes de segurança e eficácia antes de ser aprovado para uso. Geralmente possuem nome comercial específico e são mais caros, pois a empresa que desenvolveu tem direito exclusivo de vendê-lo por um determinado período de tempo”, conta.

PRINCÍPIO

Com relação aos genéricos, o farmacêutico diz que se trata de uma cópia de um medicamento de referência, e que contém o mesmo ingrediente ativo, é equivalente em termos de qualidade, eficácia e segurança. “No entanto, os medicamentos genéricos são vendidos com o nome do princípio ativo e geralmente são mais acessíveis, pois não envolvem os altos custos de pesquisa e desenvolvimento associados aos medicamentos de referência. Eles também passam por testes rigorosos para garantir que sejam intercambiáveis com o medicamento de referência”.

Já os remédios similares são produtos que, embora contenham o mesmo ingrediente ativo, podem não ser idênticos em todos os aspectos ao medicamento de referência. “Isso significa que podem ter diferenças na formulação, biodisponibilidade ou outros fatores que os tornam não completamente intercambiáveis com o medicamento de referência”, pontuou.

O consumidor pode identificar de qual produto se trata observando as embalagens. “Os medicamentos referência e similares vêm em sua embalagem primária o nome comercial do medicamento. No caso dos medicamentos genéricos as caixas se apresentam descrevendo o princípio ativo, além de uma tarja amarela com a escrita Genérico”.

Renato, lembra ainda que a escolha entre medicamentos é feita pelo médico no momento da prescrição, sendo baseada na avaliação do profissional sobre qual medicamento é mais apropriado para o tratamento do paciente. “O médico levará em consideração vários fatores, como a condição médica do paciente, a eficácia do medicamento, os efeitos colaterais, a disponibilidade, o custo e outros aspectos relevantes”.

Em muitos casos, a prescrição médica pode incluir o princípio ativo do medicamento. Nessas situações, o farmacêutico pode escolher entre medicamentos genéricos, de referência ou similares que contenham esse mesmo princípio ativo. “Isso pode dar ao paciente mais flexibilidade na escolha, levando em consideração suas preferências e situação financeira. Mas o aconselhável é sempre seguir as orientações médicas e do receituário”.