Uma nova moda tomou conta do Brasil nos últimos tempos: as canetas emagrecedoras. Apesar de parecerem mágicas, as canetas são, na verdade, medicamentos que exigem rigoroso controle. Popularizados pelos nomes comerciais Mounjaro e Ozempic, os remédios atuam em hormônios responsáveis pelo metabolismo energético e pela produção de glicose.
Recentemente, devido à popularização dos produtos e ao uso indiscriminado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu restringir o uso das canetas à prescrição médica. Ou seja, agora só é possível comprá-las com receita controlada.
Em Belém, o preço dos dois produtos é elevado. Em farmácias de grande porte consultadas pelo Diário, a média de preço ultrapassa R$ 1 mil. O Ozempic varia de R$ 999,00 (Rede Pague Menos/Extrafarma e Ecofarma) a R$ 1.110,00 (Rede Maxi Popular); já o Mounjaro custa entre R$ 1.450,00 (Ecofarma) e R$ 1.750,00 (Rede Pague Menos/Extrafarma).
As farmácias menores — as chamadas “de bairro” — não costumam comercializar os produtos. Segundo a comerciante Bernadete Pantoja, da Farmácia Mini Preço, no Jurunas, o alto valor inibe a compra. Além disso, há receio de manter um item tão valioso no estoque. “É perigoso, tem o risco de roubo, sim. Chama a atenção”, explica.
Glicélia Sales, atendente da Farmácia Baratão do Remédio, concorda que é difícil para os estabelecimentos menores trabalharem com Ozempic e Mounjaro, devido ao alto custo. No entanto, sempre que os clientes perguntam, ela indica alternativas mais acessíveis. “O Orlistate é bom. Custa por volta de R$ 100 e tem um efeito parecido”, informa.