O Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva que compromete os neurônios responsáveis pela produção de dopamina, neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos. Seus sintomas mais visíveis incluem rigidez muscular, tremores involuntários e dificuldade para falar, caminhar e se alimentar sozinho. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil há entre 100 e 200 casos para cada 100 mil habitantes, predominando em pessoas com mais de 55 anos.
Além dos impactos físicos, o Parkinson também pode causar isolamento social e depressão, devido às limitações impostas pela doença. O tratamento convencional é feito com medicação, como a prolopa, que repõe a dopamina, mas seu efeito é temporário, exigindo doses frequentes ao longo do dia.
Em Castanhal, o Projeto Parkinson Pai d’Égua, da Universidade Federal do Pará (UFPA), aposta na atividade física contínua como complemento ao tratamento médico. Gratuito, o programa atende pessoas com Parkinson e idosos sem a doença, oferecendo exercícios que ajudam a reduzir os sintomas motores.
Coordenado pela professora Elren Passos Monteiro, do Grupo de Pesquisa em Fisiomecânica da Locomoção e Reabilitação Funcional (Pendulum), do PPGCMH, o projeto conta com mestrandos, educadores físicos, fisioterapeutas, estudantes de Iniciação Científica, bolsistas e voluntários.
Para participar, é necessário apresentar diagnóstico neurológico e uso contínuo de prolopa. A ideia é que os inscritos permaneçam no programa de forma contínua, evitando regressão dos sintomas e promovendo mais qualidade de vida.