Dr. Responde

Perda de massa muscular ocorre a partir dos 45 anos. Previna-se!

Eliane Muniz decidiu se exercitar há 4 meses, período em que vem percebendo mudanças na massa corporal, além do sumiço das dores
Foto: Celso Rodrigues
Eliane Muniz decidiu se exercitar há 4 meses, período em que vem percebendo mudanças na massa corporal, além do sumiço das dores Foto: Celso Rodrigues

Irlaine Nóbrega

A perda de massa muscular ocorre de forma involuntária à medida que vamos envelhecendo. A partir dos 45 anos, o corpo começa a apresentar sinais de degeneração devido à redução dos níveis dos hormônios que, em mulheres, são o estrogênio e a progesterona; e nos homens a testosterona. Além de comprometer o ganho muscular, a escassez também resulta no aumento da fadiga, indisposição, dores no corpo e acúmulo de gordura nas regiões da barriga e quadril.

“Para evitar isso existe apenas uma solução. É preciso ter um treinamento resistido, que envolva cargas, como a musculação, o treinamento funcional, o crossfit e, inicialmente, o pilates. Mas, se a pessoa quiser ter resultados a longo prazo, ela tem que focar em treinamento que envolva força e tenha uma progressão de carga para que o corpo não se acostume facilmente com os exercícios”, esclarece o educador físico Rafael Bittencourt.

Uma das maiores consequências na perda de massa muscular é a questão da funcionalidade a longo prazo. Isso porque esse problema traz consequências para a saúde, com o surgimento de doenças que atingem as articulações, como artrite e artrose, e dores no corpo, além de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

“Se você começar a se exercitar hoje você vai ficar mais independente das pessoas quando ficar mais velho. Se não se exercitar, a tendência é que teus familiares cuidem de ti, mas a maioria das pessoas não tem esse familiar para auxiliar. No final, a pessoa acaba ficando sozinha e os problemas não são só físicos, mas também mentais. Se a pessoa tem disposição a doenças neurodegenerativas – parkinson e alzheimer-, e faz musculação, isso vai evitar que isso apareça a curto prazo”.

Os brasileiros estão no segundo lugar no ranking de nacionalidades que mais frequentam a academia, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Cupom Válido, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos 21% de brasileiros praticantes de exercícios físicos é Leandro Rego que, aos 63 anos, faz musculação para auxiliar não só na manutenção da massa muscular, mas, principalmente, na saúde física.

“Eu já tinha feito musculação há um tempo atrás por decisão própria. Não é só para manter a forma, mas por uma questão de saúde porque eu tenho pressão alta e faço controle de glicose. Em 2015, eu tive um câncer de intestino e também sempre fiquei com essa necessidade de voltar a fazer porque eu me sentia bem fazendo exercício físico”, relembra o aposentado.

Depois de dois meses na academia, Leandro já percebe algumas mudanças na qualidade de vida. “A perda de musculatura e a questão óssea eu tenho uma preocupação por causa da idade, mas, na realidade, é uma atividade que faz você se sentir bem. Eu já percebi várias mudanças na minha vida, como a minha respiração, a velocidade no uso da esteira, a cintura já diminuiu um pouco. Eu acho que fazer exercício físico vai ser muito bom no futuro, quando chegar a terceira idade”.

As dores no corpo eram quase que rotina para a dona de casa Eliane Muniz. Aos 47 anos, ela decidiu se exercitar há 4 meses, período em que vem percebendo mudanças na massa corporal, além do sumiço das dores. Por isso, hoje, ela não deixa de ir à academia, já que a musculação e o Muay Thai lhe dão mais energia para o corpo e mente.

“Eu sentia algumas dificuldades, cansaço, dores no corpo que passaram quando comecei a fazer a musculação, hoje eu estou super bem. Estou fazendo musculação há 4 meses e desde quando comecei percebi muitas melhoras. Me ajudou a ter mais resistência, a levantar peso e as dores no corpo também sumiram. Por isso, eu não falto a musculação porque eu sei que me traz muitos benefícios tanto pro corpo quanto pra mente”, conclui Eliane.