Cintia Magno
O desenvolvimento de determinadas doenças pode ocasionar a perda total ou parcial da audição, como é o caso da meningite, do sarampo, de infecções recorrentes na orelha, entre outras patologias. Porém, para além das doenças, a exposição a ruídos e o mau uso de fones de ouvido também podem contribuir para o problema.
A coordenadora do Comitê de Prevenção, Promoção e Diagnóstico em Saúde Auditiva da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Dra. Teresa Maria Momensohn dos Santos, aponta que o uso excessivo ou o uso incorreto de fones de ouvido podem, sim, ocasionar prejuízos à audição. “O uso inadequado de fones de ouvido pode trazer alguns riscos: higienização inadequada; por estar com fones de ouvido a pessoa se distrai e pode sofrer quedas, acidentes; usar os fones de ouvido para ouvir música e por estar em ambientes ruidosos acaba por colocar o volume no máximo. Já obtivemos valores acima de 100 dB em fones usados por jovens e por pessoas que, para se desligar do ruído ambiente e se concentrar melhor, colocam o volume no máximo”.
Para que o uso desses equipamentos possa ser realizado de maneira a não prejudicar a saúde auditiva, a fonoaudióloga aponta que há um volume e tempo de uso recomendado para evitar danos à audição, e que precisa ser respeitado. “O ideal é usar a 50% do volume máximo recomendado pelo equipamento, e no máximo 2 horas por dia. Para volumes intensos, acima de 100dB, a dose máxima por dia é de 15 a 30 minutos”, orienta, ao explicar que, portanto, a principal maneira de se prevenir contra possíveis danos à saúde auditiva em decorrência de uso de fones de ouvido é “não utilizando o equipamento acima do volume recomendado (50% do volume máximo) e por no máximo de 30 minutos a 1 hora por dia”.