No Brasil, aproximadamente 200 mil pessoas vivem com a doença de Parkinson – uma doença degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central – segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os principais sintomas são tremores, lentidão motora, rigidez nas articulações e desequilíbrio.
No entanto, a fisioterapeuta neurofuncional Erika Grunvald, ressalta outras manifestações da doença como alteração no sono, face com menores expressões faciais, falas arrastadas e dificuldade para engolir. “Temos sintomas que não necessariamente acompanham tremores, mas antecedem como a dificuldade no movimento de escovar os dentes, a micrografia, que compromete a forma escrita, e vai diminuindo a letra, e o andar de forma mais lenta, em bloco”, explica.
Erika Grunvald também ressalta que existem casos relacionados à predisposição genética, quando o paciente tem histórico na família. Contudo, não existe exame genético para comprovar. “Então há possibilidade do paciente ser o primeiro ou o único na família a ter a doença”, aponta.
Já o diagnóstico, segundo a fisioterapeuta neurofuncional, é de caráter clínico feito pelo médico Neurologista ou Geriatra. Ainda de acordo com a profissional, acaba-se solicitando exames de imagens mais para descartar outras patologias, no geral, o diagnóstico é observacional e clínico.
Ela também ressalta que observa-se cada vez mais incidência da doença em pessoas com faixa etária entre 30 a 50 anos. “Isso se dá pelos fatores de risco como aumento de estresse, má alimentação, falta de exercício físico, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo também”, alerta.
O Parkinson não tem cura mas inclui tratamento com acompanhamento multiprofissional, com medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suportes psicológico e nutricional e atividade física que podem melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes. “Para o controle da doença existem medicações que atuam de forma muito boa, na fase bem inicial, temos o Prolopa, que é o principal medicamento e a fisioterapia que vem como padrão ouro, pois o melhor tratamento é o movimento”, destaca.