SAÚDE

Parkinson: dia conscientiza sobre doença

Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson será nesta sexta-feira. Saiba mais sobre sintomas, tratamento e prevenção. Segundo a OMS, é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo

OFERECIMENTO

Hospital HSM Acessar site
O Ministério da Saúde estima que existam mais de 200 mil casos de doença de Parkinson no Brasil FOTO: Wikimidia
O Ministério da Saúde estima que existam mais de 200 mil casos de doença de Parkinson no Brasil FOTO: Wikimidia

No início deste mês, a repórter do programa Fantástico, da TV Globo, Renata Capucci, 51, divulgou nas redes sociais como é conviver com a doença de Parkinson. A jornalista recebeu o diagnóstico em outubro de 2018, e, desde então, passa pelo tratamento para evitar as possíveis complicações. Na live feita no perfil de Capucci no Instagram, a jornalista estava com a médica neurologista Mariana Moscovich e lembrou, na ocasião, do impacto quando recebeu o diagnóstico e os desafios de ter a doença de Parkinson.

A iniciativa foi um importante passo para o entendimento sobre a doença, já que o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson será nesta sexta-feira, 11, data de nascimento do médico inglês James Parkinson, responsável por descrever pela primeira vez em artigo, em 1817, os sintomas da doença de Parkinson.

Entendendo a Doença de Parkinson

A data é uma oportunidade para promover a sensibilização e a compreensão sobre a doença, ajudar na redução do estigma associado e na criação de uma comunidade de apoio e solidariedade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu a data em 1998. Segundo a OMS, o Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer. O Ministério da Saúde estima que existam mais de 200 mil casos de doença de Parkinson no Brasil. A incidência da doença aumenta com a idade.

Conforme explica o médico neurologista Antonio de Matos, o quadro de Alzheimer ocorre quando o paciente apresenta morte ou degeneração de neurônios em uma região específica do cérebro, conhecida como substância negra. Nesta área, há a produção de dopamina, neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro para as várias partes do corpo, que auxiliam na realização de movimentos voluntários. Sintomas da doença ocorrem devido à diminuição da dopamina e a falha na execução dos movimentos.

“Como principais sintomas, o paciente pode apresentar diminuição da coordenação, tremores nas mãos, lentidão dos movimentos ou rigidez muscular nos membros”, ressalta o especialista. Além destes sintomas motores, o paciente também pode apresentar outros sintomas em decorrência do Parkinson, conhecidos como sintomas não motores, entre os quais dificuldades na fala, tonturas, transtornos de humor e distúrbios do sono.

Causas e Tratamentos para Parkinson

As causas do Parkinson ainda são desconhecidas, mas pesquisadores acreditam que alguns fatores de risco podem estar associados ao surgimento da doença. “Diferentes causas podem estar relacionadas, como por exemplo a genética e a exposição a determinadas substâncias, como solventes usados para a agricultura”, destaca Antonio de Matos.

Embora ainda não exista a cura para a doença de Parkinson, há diferentes tratamentos que contribuem para o paciente ter mais qualidade de vida. O médico neurologista explica que há medicamentos que ajudam a amenizar sintomas motores no paciente.

“Dependendo do quadro clínico, também há intervenção cirúrgica por meio do procedimento chamado estimulação cerebral profunda, que visa promover a produção de dopamina”, comenta Matos, sobre a cirurgia que implanta um dispositivo no cérebro.

Além do quadro clínico, com os sintomas citados anteriormente (diminuição da coordenação, tremores nas mãos, lentidão dos movimentos e rigidez muscular nos membros), o diagnóstico pode ser feito também por meio de exames neurológicos de imagem, como ressonância magnética. “Uma outra forma para o diagnóstico também é o Trodat, que utiliza marcadores radioativos no paciente”, explica o médico sobre o exame de imagem que avalia o transporte de dopamina no cérebro.

Sendo a doença de Parkinson degenerativa, as formas de prevenção incluem melhoria no estilo de vida e hábitos de envelhecimento saudável, como evitar sedentarismo e realizar atividades físicas, ter uma alimentação mais saudável e balanceada, controlar diabetes, pressão alta e colesterol, evitar tabagismo e exposição a solventes na agricultura.